ATA DA QUADRAGÉSIMA PRIMEIRA SESSÃO ORDINÁRIA DA
QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 19-5-2008.
Aos dezenove dias do mês de maio do ano de dois mil
e oito, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara
Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a
segunda chamada, respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Dr. Goulart, Dr. Raul,
Ervino Besson, Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João
Carlos Nedel, Margarete Moraes, Maria Celeste, Neuza Canabarro, Professor
Garcia e Sebastião Melo. Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos
os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Alceu
Brasinha, Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Beto
Moesch, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, Elias Vidal,
Elói Guimarães, João Bosco Vaz, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Marcelo Danéris,
Maria Luiza, Maristela Maffei, Maristela Meneghetti, Maurício Dziedricki, Mauro
Zacher, Nereu D'Avila, Nilo Santos, Sofia Cavedon e Valdir Caetano. À MESA,
foram encaminhados: pelos Vereadores Carlos Comassetto, Carlos Todeschini,
Ervino Besson, João Antonio Dib. Luiz Braz, Margarete Moraes, Maria Celeste,
Maria Luiza, Maristela Meneghetti, Mauro Zacher, Nereu D’Avila, Neuza
Canabarro, Newton Braga Rosa e Sofia Cavedon, o Projeto de Resolução nº 004/08
(Processo nº 0697/08); pelo Vereador João Carlos Nedel, o Projeto de Lei do
Legislativo nº 114/08 (Processo nº 2867/08). Do EXPEDIENTE, constaram os
Ofícios nos 400165, 400400, 400787, 400821, 402533 e 402346/08, do
Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. A seguir, constatada a
existência de quórum deliberativo, foi aprovado Requerimento verbal formulado pelo
Vereador Adeli Sell, solicitando alteração na ordem dos trabalhos da presente
Sessão, iniciando-se o período de COMUNICAÇÕES, hoje destinado a assinalar o
transcurso do septuagésimo aniversário do Sindicato dos Professores do Rio
Grande do Sul – SINPRO/RS –, nos termos do Requerimento nº 028/08 (Processo nº
2641/08), de autoria do Vereador Adeli Sell. Compuseram a Mesa: os Vereadores
Sebastião Melo e Claudio Sebenelo, respectivamente Presidente e 1º
Vice-Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre; o Professor Cássio Filipe
Galvão Bessa, representando o SINPRO/RS; e o Deputado Estadual Adão Villaverde,
representando a Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul. Ainda,
como extensão da Mesa, foram registradas as presenças dos Senhores Domingos
Antônio Buffon e Norberto Schwarz Vieira, Diretores do SINPRO/RS, e Celso Woyciechowski,
Presidente da Central Única de Trabalhadores do Estado do Rio Grande do Sul, e da Senhora Selene Barboza
Michielin Rodrigues, Tesoureira do Centro dos Professores do Estado do Rio
Grande do Sul - Sindicato dos Trabalhadores em Educação – CPERS/SINDICATO. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador
Adeli Sell discorreu sobre o
trabalho desenvolvido pelo SINPRO/RS na defesa do sistema educacional gaúcho e
na busca de melhores condições de vida e de trabalho aos seus associados. Nesse sentido, asseverou que essa
instituição distingue-se pela valorização constante do diálogo com a sociedade,
tendo como objetivo uma formação integral do aluno, com sua capacitação como
cidadão responsável e participativo junto à comunidade que integra. Na ocasião,
o Vereador Ervino Besson solicitou a realização de um minuto de silêncio em
face do falecimento dos Senhores Francisco Alfredo Garcia Jardim e Jean
Vardaramatos. Em continuidade, o Senhor Presidente concedeu a palavra ao
Professor Cássio Filipe Galvão Bessa, que, em nome do Sindicato dos Professores
do Rio Grande do Sul, agradeceu a homenagem hoje prestada pela Câmara Municipal
de Porto Alegre. Às quatorze horas e quarenta minutos, os trabalhos foram
regimentalmente suspensos, sendo retomados às quatorze horas e quarenta e três
minutos, constatada a existência de quórum. Após, por solicitação da Vereadora
Neuza Canabarro e dos Vereadores Ervino Besson e José Ismael Heinen foi
realizado um minuto de silêncio em homenagem póstuma à Senhora Araci Almeida e
aos Senhores Francisco Alfredo Garcia Jardim e Max Alexandre Frota Vargas,
falecidos no dia dezesseis de maio do corrente, Jean Vardaramatos, falecido no
dia quinze de maio do corrente, e Luciano Correia de Lima, falecido no dia de ontem.
Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador João Antonio Dib registrou o transcurso, no dia vinte e cinco de maio do corrente,
do aniversário de setenta e cinco anos do Jornal do Comércio. Também, declarou que esse periódico é
caracterizado pela diversidade dos temas abordados, pela análise aprofundada e
pelo tratamento qualificado e responsável concedido às notícias divulgadas, o
que lhe garante reconhecimento nacional e o torna motivo de orgulho para a
comunidade rio-grandense. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Elói Guimarães ratificou o pronunciamento efetuado na
presente Sessão pelo Vereador João Antonio Dib, em Comunicação de Líder, de
saudação ao aniversário do Jornal do Comércio. Ainda, relatou reunião promovida hoje pelo PTB, na qual foi
definida a indicação do Senhor Elir Domingo Girardi, Prefeito do Município de
Igrejinha, ao cargo de Presidente da Federação das Associações de Municípios do
Rio Grande do Sul – FAMURS. Na oportunidade, o Senhor Presidente registrou o
transcurso, no dia dezessete de maio do corrente, do aniversário do Vereador
Elói Guimarães e, no dia de hoje, do aniversário do Senhor Ivo da Silva
Marinho, funcionário do Serviço de Segurança e Vigilância desta Casa. Em
COMUNICAÇÕES, a Vereadora Maria Celeste citou
a passagem, ontem, do Dia Nacional de
Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de
Crianças e Adolescentes, relatando
atividades sobre o tema programadas pela Frente Parlamentar em Defesa da
Criança e do Adolescente da Câmara de Porto Alegre. Além disso, comentou problemas estruturais observados por Sua
Excelência em imóveis do Loteamento Cristiano Kraemer, entregues ano passado
pelo Governo Municipal. O Vereador Ervino Besson aludiu à “Rústica do Gari
2008”, organizada pelo Departamento Municipal de Limpeza Urbana no último
sábado, evento que integra as comemorações relativas à Semana de Porto Alegre.
Da mesma forma, enfatizando a relevância dos serviços prestados pelos
servidores que atuam na coleta de lixo na Cidade, destacou a importância da
organização, pelo Governo Municipal, de atividades que valorizem a atuação
desses profissionais. O Vereador Guilherme Barbosa cumprimentou o Jornal do
Comércio pelo aniversário de fundação desse periódico. Também, questionando
políticas na área da habitação seguidas pelo Governo Municipal, concordou com
posições hoje assumidas pela Vereadora Maria Celeste, no período de
Comunicações, relativas ao Loteamento Cristiano Kraemer. Finalizando, criticou
os serviços públicos vigentes em Porto Alegre, em termos de estrutura na área
de iluminação pública. Em prosseguimento, foi apregoado o Memorando nº 099/08,
firmado pelo Vereador Sebastião Melo, Presidente da Câmara Municipal de Porto
Alegre, por meio do qual Sua Excelência informa a Representação Externa do
Vereador João Carlos Nedel, hoje, na solenidade de divulgação da ampliação do
Parque Científico e Tecnológico da PUCRS – TECNOPUC –, às quinze horas, no
Auditório Talento Empreendedor da Pontifícia Universidade Católica do Rio
Grande do Sul, em Porto Alegre. Em GRANDE EXPEDIENTE, o Vereador Beto Moesh analisou os efeitos das fortes chuvas que
caíram no dia dois de maio do corrente em Porto Alegre e em diversas regiões do
Estado do Rio Grande do Sul, comentando dados relativos ao papel exercido pelas
árvores no amortecimento dos efeitos causados por ventos e à manutenção da
arborização existente em Porto Alegre. Nesse sentido, citou legislação federal
que veda a poda e o corte de árvores sem prévia autorização do Poder Público.
Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador José Ismael Heinen, reportando-se ao
homicídio do Primeiro-Tenente da Brigada Militar Gilnei José Coitinho, ocorrido
no dia doze de maio do corrente, defendeu proposta de autoria de Sua
Excelência, aprovada por esta Câmara, que proíbe o uso de capacete por
motociclistas quando estes estiverem parados em postos de combustíveis. Também,
propugnou pela adoção de medidas com a finalidade de melhorar a segurança
pública nas ruas da Cidade. A Vereadora Margarete Moraes referiu-se à ação
conjunta realizada pelo Ministério Público Estadual, pela Vigilância Sanitária
e pela Brigada Militar, no sentido de interditar a clínica para tratamento de
dependentes químicos conhecida como Cidade do Refúgio, localizada no Município
de Guaíba. Ainda, criticou a atuação do Executivo Municipal na área da
assistência social e defesa civil, bem como o tratamento dispensado aos
diversos Conselhos Municipais instalados em Porto Alegre. O Vereador Luiz Braz
pronunciou-se sobre as políticas habitacionais atualmente desenvolvidas pelos Governos
Federal e Municipal, analisando os critérios adotados para a seleção das famílias
que ocupariam imóveis construídos na Avenida Princesa Isabel, destinados a
pessoas de baixa renda. Nesses termos, destacou a necessidade de que se façam
averiguações para verificar se a seleção e a destinação desses imóveis foram
feitas de maneira honesta. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pela oposição, o Vereador
Adeli Sell, respondendo ao pronunciamento do Vereador Luiz Braz em Comunicação
de Líder, sugeriu a criação de Comissão Especial para averiguar atividades do
Departamento Municipal de Habitação na última década. Além disso, cobrou do
Governo Municipal melhorias nos serviços prestados à população. Finalizando, indagou
acerca do teto salarial para o funcionalismo estadual. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER,
o Vereador Haroldo de Souza, referindo-se a críticas efetuadas pelo Vereador
Adeli Sell durante Comunicação de Líder pela oposição, desaprovou a postura
adotada pelo Partido dos Trabalhadores em relação ao desempenho do Governo
Municipal. Ainda, apoiando o futuro Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, defendeu
o envio de tropas do Exército Brasileiro para realizar a segurança da Amazônia.
A Vereadora Maristela Maffei desaprovou a postura do Vereador Haroldo de Souza
em relação ao Programa Bolsa Família do Governo Federal, asseverando que,
apesar de serem necessárias alternativas, esse Programa tem um importante papel
no combate à fome. Além disso, discorreu acerca de debates promovidos pela
Frente Parlamentar em Defesa da Criança e do Adolescente, no sentido de se
formar uma rede de combate à exploração sexual de menores de idade. Em
COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pelo Governo, o Vereador Professor Garcia elogiou o
trabalho da Defesa Civil, em parceria com Secretarias do Município, na solução
dos problemas causados pelo ciclone que atingiu Porto Alegre recentemente.
Também, em resposta às críticas do Vereador Adeli Sell em Comunicação de Líder
pela oposição, enumerou empreendimentos do Governo Municipal, especialmente nas
áreas de educação, saneamento básico e transporte público. A seguir, constatada
a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em continuidade, foram
apregoadas as Emendas nos 01 e 02, de autoria do Vereador Professor
Garcia, Líder do Governo, ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº
009/07 (Processo nº 2503/07). Também, foram aprovados Requerimentos de autoria
do Vereador Professor Garcia, solicitando que as Emendas nos 01 e
02, apostas ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 009/07, fossem
dispensadas do envio à apreciação de Comissões Permanentes. Em Discussão Geral
e Votação Nominal, foi rejeitado o Projeto de Lei do Legislativo nº 200/07, em
sua parte vetada, considerando-se mantido o Veto Parcial aposto, por vinte e
sete votos NÃO, após ser discutido pela Vereadora Sofia Cavedon e pelo Vereador
Professor Garcia, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha,
Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, Carlos
Comassetto, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, Dr. Goulart, Dr. Raul, Elói
Guimarães, Ervino Besson, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel,
Luiz Braz, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maria Luiza, Maristela Maffei,
Maristela Meneghetti, Mauro Zacher, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Professor
Garcia e Sofia Cavedon. Em Votação, foram votados conjuntamente e aprovados os
Requerimentos nos 138/07, 037, 041 e 042/08. Após, o Senhor
Presidente registrou as presenças, neste Plenário, dos Senhores Amilton de
Moura Figueiredo, Luís Carlos Cavalheiro da Silva e Giovani Silveira Petiz,
respectivamente Diretor de Ensino Médio e Técnico, Diretor de Desenvolvimento
Institucional e Vice-Diretor-Geral do Centro Federal de Educação Tecnológica de
Bento Gonçalves – CEFET-BG –, e da Senhora Maria Guaneci Marques de Ávila,
Coordenadora da Comissão Comunitária Pró-Escola Técnica Federal de Porto Alegre
na Restinga. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do
Executivo nº 019/08, após ser discutido pelos Vereadores Carlos Comassetto,
Carlos Todeschini, Aldacir Oliboni, Maristela Maffei, Guilherme Barbosa e
Ervino Besson e encaminhado à votação pelo Vereador Professor Garcia. Em
prosseguimento, foi aprovado Requerimento de autoria do Vereador Almerindo
Filho, solicitando o adiamento, por uma Sessão, da discussão do Projeto de Lei
do Legislativo nº 092/06. A seguir, o Vereador Carlos Comassetto manifestou-se
em relação à presença, neste Plenário, de representantes do CEFET-BG. Às
dezessete horas e quinze minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos,
sendo retomados às dezessete horas e dezessete minutos, constatada a existência
de quórum. Em continuidade, por solicitação do Vereador Carlos Todeschini, foi
realizada verificação de quórum, constatando-se a existência do mesmo. Em Discussão
Geral e Votação, esteve o Projeto de Lei do Legislativo nº 168/06, o qual, após
ser discutido pelo Vereador Aldacir Oliboni, teve sua discussão suspensa, em
face da inexistência de quórum. Após, por solicitação do Vereador Professor
Garcia, foi realizada verificação de quórum, tendo o Senhor Presidente, por
solicitação do Vereador Nilo Santos, citado os Senhores Vereadores que a
responderam. Às dezessete horas e vinte e oito minutos, constatada a
inexistência de quórum, em verificação solicitada pelo Vereador Professor
Garcia, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores
para a Sessão Ordinária da próxima quarta-feira, à hora regimental. Os
trabalhos foram presididos pelos Vereadores Sebastião Melo, Claudio Sebenelo,
Ervino Besson e Luiz Braz, este nos termos do art. 27, parágrafo único, do
Regimento, e secretariados pelo Vereador Ervino Besson. Do que eu, Ervino
Besson, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após
distribuída e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Registro
a presença do Deputado Adão Villaverde.
O Ver. Adeli Sell está com a palavra para um
Requerimento.
O SR. ADELI SELL
(Requerimento): Sr.
Presidente, solicito a inversão da ordem dos trabalhos, para que possamos,
imediatamente, entrar no período de Comunicações. Após, retornamos à ordem
normal.
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em votação o
Requerimento de autoria do Ver. Adeli Sell. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Passamos às
Este período destina-se a
homenagear o transcurso do 70º aniversário do Sindicato dos Professores do Rio
Grande do Sul - SINPRO/RS -; homenagem proposta pelo Ver. Adeli Sell.
Convidamos para compor a Mesa
o Profº Cássio Bessa, representante do SINPRO/RS; o Deputado Adão Villaverde,
representando a Assembléia Legislativa.
Como extensão da Mesa,
prestigiam este Ato o Sr. Domingos
Buffon, Diretor do SINPRO/RS; o Sr. Norberto Vieira, Diretor do
SINPRO/RS; o Sr. Celso Woyciechowski,
Presidente da CUT/RS; a Profª Selene Michielin, Tesoureira do CPERS.
Convido
o Vice-Presidente da Casa, Ver. Claudio Sebenelo, a assumir, de imediato, a
presidência dos trabalhos, tendo em vista este Vereador ter de se retirar para
cumprir um item da agenda da Presidência. Logo em seguida, volto a este
Plenário.
(O
Ver. Claudio Sebenelo assume a presidência dos trabalhos.)
O
SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): O
Ver. Adeli Sell está com a palavra em Comunicações, como proponente da
homenagem.
O
SR. ADELI SELL: Sr. Presidente, Ver. Sebenelo; meu caro Profº Cássio
Bessa, representando aqui a Direção do SINPRO/RS, ao citá-lo, saúdo todos os
Diretores do SINPRO aqui presentes. Eu queria também citar o Deputado Adão
Villaverde, que representa a Assembléia Legislativa do Estado, e agradecer sua
presença; a Professora Selene, representante do CPERS; o Celso, representando a
nossa CUT; as senhoras e os senhores; os meus caros colegas Vereadores e
Vereadoras.
Não
poderíamos deixar passar esta semana, nesta Casa, sem nos manifestar em
homenagem aos 70 anos do SINPRO - Sindicato dos Professores do Rio Grande do
Sul -, entidade que tem como chamada especial “Sindicato Cidadão”. É exatamente
isso que faz com que esse Sindicato seja uma marca da história do sindicalismo
no Rio Grande do Sul. O Sindicato dos Professores - SINPRO/RS - completa 70
anos, e, há dez anos, publica o jornal Extraclasse.
Além do diálogo com sua categoria, de forma permanente, defendendo os
interesses dos professores, do Magistério das escolas particulares, privadas do
Rio Grande do Sul, faz uma excelente comunicação com os professores, com a
comunidade do Rio Grande do Sul. E aqui temos um belo apanhado da história dos
70 anos do Sindicato.
O
SINPRO/RS também constituiu uma fundação, com sede na Av. João Pessoa, uma
fundação de educação, cultura, artes - a Ecarta -, que tem cinco anos e que já
tem feito grandes e importantes debates sobre as questões da Educação, da
Cultura e das Artes no Estado do Rio Grande do Sul. Eu lembro, inclusive, aqui,
que, no último ano, muito se tem falado em “Fronteiras do Pensamento”, mas foi
o SINPRO/RS, em ligação com outras instituições, com a Prefeitura, com o
Estado, que realizou grandes debates sobre cultura neste Estado do Rio Grande do
Sul.
O
Sindicato dos Professores, como eu já disse, além da Fundação, do jornal, tem
também a Casa do Professor, que funciona há um ano, e que abriga, dá guarida
aos professores, professoras e suas famílias, aqui em Porto Alegre, quando para
cá têm que vir.
A
atividade do SINPRO/RS tem, portanto, essa marca da abertura para a sociedade,
essa marca do diálogo e essa marca da sua presença em todos os eventos;
participa, efetivamente, do Conselho Estadual de Educação defendendo os
interesses dos porto-alegrenses, dos gaúchos, da comunidade escolar e, na
Fundação, como eu já disse, fazendo com que a fruição da cultura, do debate
aberto, do debate plural aconteça permanentemente. Sei também que, como
Sindicato Cidadão, está permanentemente engajado não apenas nas questões da
educação, mas também trabalhando com a Central Única dos Trabalhadores, com
outros sindicatos, com seu sindicato coirmão, o CPERS, representado pela
Professora Selene.
Portanto,
nos 70 anos desse Sindicato, meu caro Cássio Bessa, leve meus cumprimentos ao
conjunto dessa categoria da qual fazem parte, inclusive, alguns filiados ou
ex-filiados: o Ver. Guilherme Barbosa; este Vereador; o Ver. Professor Garcia,
entre tantos outros.
O
Sr. João Carlos Nedel:
V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ilustre Ver. Adeli Sell, a
Bancada Progressista desta Casa, composta dos Vereadores João Antonio Dib, Beto
Moesch e este Vereador, congratula-se com V. Exª na homenagem aos 70 anos do
SINPRO e, ao mesmo tempo, quer agradecer o SINPRO/RS pelos imensos trabalhos
realizados em prol da Educação do Rio Grande do Sul. Muito obrigado, e meus
parabéns.
O
SR. ADELI SELL: Muito
obrigado, Ver. Nedel. Para concluir, quero afirmar também a postura de abertura
desta Câmara, que aqui, recentemente, criou a Escola do Legislativo, para que
possamos pensar, meu caro Cássio, junto com o SINPRO, com a sua Fundação, que
trata de questões tão amplas e tão plurais. Quem sabe, no futuro, novas
parcerias poderão ser seladas no SINPRO, por exemplo, com esta Casa, como
outras tantas que foram feitas ao longo desses últimos anos.
Mais
uma vez, neste breve espaço, quero saudar os 70 anos de história de lutas do
SINPRO/RS e essa belíssima história que nós estamos, a cada dia, conhecendo
mais e melhor.
Parabéns,
SINPRO/RS, vida longa; bons serviços ao Rio Grande do Sul e à Educação. Muito
obrigado. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): O
Ver. Ervino Besson está com a palavra para um Requerimento.
O
SR. ERVINO BESSON (Requerimento): Meu
caro Presidente, aproveitando o momento desta homenagem dos 70 anos do
Sindicato e aproveitando as ilustres autoridades que compõem a Mesa, eu pediria
a V. Exª que a Câmara Municipal fizesse um minuto de silêncio em homenagem ao
Professor Francisco Alfredo Garcia Jardim, que era uma pessoa que estava
diariamente aqui com a gente fazendo essa ligação entre os Vereadores e a
Secretaria. Então, é mais do que justa esta homenagem.
Aproveitando,
quero também pedir um minuto de silêncio ao Jean Vardaramatos, que era da EPTC, um homem que tinha meio século
de história desta Cidade de vida, que fez um trabalho extraordinário com a
nossa juventude, que também partiu. Então, essas duas personalidades deixam
muita saudades, sem dúvida nenhuma, pelo excelente trabalho que desempenharam
durante as suas trajetórias aqui nesta vida. Obrigado.
O
SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Nós
é que agradecemos, Ver. Ervino Besson. Imediatamente, após a homenagem,
deferindo o seu pedido, nós faremos um minuto de silêncio em homenagem a esses
dois grandes professores.
Ofereço
às Bancadas o espaço de Liderança para tratarem sobre o assunto. (Pausa.)
O
Professor Cássio Bessa, representante do Sindicato dos Professores do Rio
Grande do Sul - SINPRO/RS -, está com a palavra.
O
SR. CÁSSIO BESSA: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes
da Mesa e demais presentes.) Estamos na antevéspera do aniversário de 70 anos
do SINPRO/RS - Sindicato dos Professores do Ensino Privado do Rio Grande do Sul
-, que representa mais de 28 mil professores das instituições de ensino
privado deste Estado, desde a Educação Básica, Educação Superior, passando pela
representação dos cursos livres e também pelas instituições públicas de direito
privado.
Hoje,
o SINPRO/RS, como um sindicato estadual, conta com treze regionais, com sedes
em Santa Maria, Passo Fundo, Bagé, Pelotas, Santa Cruz do Sul, Uruguaiana, São
Leopoldo, Santo Ângelo, Santa Rosa, Lajeado, Rio Grande, Erechim, Bento
Gonçalves, além de sede em Canoas. Em Porto Alegre, são duas sedes, a estadual,
na Av. João Pessoa, aqui no Bairro Farroupilha, e uma na Zona Norte.
Estamos na antevéspera, pois, lá no dia 21 de maio de 1938, nascia essa entidade, um dos sindicatos de professores mais importantes do nosso País, referência para todo movimento sindical em nossa atualidade, que incorporou, nos últimos anos, em sua marca, o conceito de Sindicato Cidadão. Nesses 70 anos de história, o SINPRO/RS se notabilizou pela defesa dos direitos dos professores e também pela defesa de um ensino de qualidade para a comunidade gaúcha, passou por conquistas, resistências, assistência à categoria dos professores particulares, desde o século passado, chegando ao presente com uma atuação embasada em um tripé, que é luta-serviço-cidadania. A luta, representando a busca por melhores salários e condições de trabalho aos professores, desde a professora da educação infantil, que garante o reconhecimento da sua condição de professora na carteira de trabalho, através da fiscalização do Sindicato nas escolas desse nível de ensino, passando pelas professoras e professores da educação básica das escolas particulares, que têm seus salários e seus direitos assegurados por uma convenção coletiva de trabalho negociada anualmente com o Sindicato Patronal; da mesma forma, com os professores da educação superior; até os professores do sistema “S” - Senai, Sesi, Senac - e das fundações públicas de direito privado, como a Fundação Liberato, a UERGS e a Fundarte. Todos esses são protagonistas na formação moral e intelectual de parte dos cidadãos gaúchos.
No tripé, o Sindicato busca, como um ente coletivo, contratar convênios de forma vantajosa para toda a categoria, que garantam assistência médica, odontológica, previdenciária e outros serviços que o Sindicato oferece aos seus quase 18 mil associados em todo o Estado. Também, desde o ano passado, a Instituição acolhe os professores do interior do Estado na Casa do Professor, um lugar para hospedar, aqui em Porto Alegre, no bairro Cidade Baixa, os associados, nos seus cinco andares, com 25 flats bem equipados.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo):
Muito obrigado, Professor Cássio Bessa, por esse pronunciamento. Eu queria me
congratular com o Ver. Adeli Sell pela iniciativa, pela felicidade da idéia de
homenagear um sindicato tão importante na nossa vida, na vida das nossas
famílias, na vida da cidade de Porto Alegre.
Eu queria registrar o nosso agradecimento pela
presença, muito honrosa para nós, do Deputado Adão Villaverde, representando o
Exmo Sr. Presidente da Assembléia Legislativa do Estado, o Dr. Alceu
Moreira, dizendo a ele que sua presença nos encantou nesta tarde. Muito
obrigado, Deputado Villaverde; muito obrigado, Professor Cássio Bessa.
Damos por encerrada a presente homenagem ao SINPRO,
pelo seu 70º aniversário. Muito obrigado. Estão suspensos os trabalhos para as
despedidas.
O
SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo – às 14h43min): Estão reabertos os trabalhos. De
imediato, por solicitação do Ver. Ervino Besson e da Verª Neuza Canabarro,
faremos um minuto de silêncio em homenagem à Srª Araci Almeida, esposa de Breno
Almeida, líder comunitário de Belém Novo; e aos Professores Jean Vardaramatos e Francisco Alfredo
Garcia Jardim.
O
SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN (Requerimento): Sr. Presidente, eu também quero incluir mais dois óbitos que
aconteceram de uma maneira dolorosa, o de um colega de farda, Segundo-Sargento, assassinado dentro
da sua casa, na sua residência, sábado. Ele servia no Quartel-General: o Sr.
Max Alexandre Frota Vargas, falecido no dia 16 de maio. E, ontem, Luciano
Correia de Lima, irmão de uma ex-assessora minha, veio a falecer. Está sendo,
hoje, às 15h, cremado. Então, eu gostaria de incluí-los nesta homenagem.
O
SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Deferimos
os pedidos.
(Faz-se
um minuto de silêncio.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Solicito que o Ver. Ervino Besson
assuma a presidência dos trabalhos.
(O Ver. Ervino Besson assume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): O Ver. João Antonio Dib está com
a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Ver. Ervino Besson, que preside
os trabalhos da presente Sessão; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, no
próximo domingo, dia 25, o Jornal do Comércio completará 75 anos; 27.393 dias
de luta ininterrupta na defesa da livre iniciativa e na busca do
desenvolvimento da cidade de Porto Alegre, do Estado do Rio Grande do Sul e do
nosso querido Brasil.
Conheci esse Jornal,
fundado pelo Dr. Jenor Cardoso Jarros e D. Zaida Jayme Jarros, em 1946. Treze anos, portanto, depois
da edição do primeiro número do então chamado Consultor do Comércio; eis que
passou a chamar-se Jornal do Comércio em 1º de outubro de 1956. Conheci quando
eu era estudante do Colégio Júlio de Castilhos e não tinha recursos para fazer
a edição dos polígrafos, os quais eu distribuiria e teria lucro sobre isso. E a
família Jarros me acolheu e me permitiu que eu levasse, e voltasse depois para
pagar. E essa amizade se transformou em amizade duradoura até a morte desses
dois personagens. Já tive a oportunidade de homenagear o Dr. Jenor Cardoso
Jarros com o nome de uma rua, com o Conjunto Residencial Jenor Cardoso Jarros,
e, também, o Jornal do Comércio, com uma praça que leva o seu nome.
São 75 anos desse jornal,
que se chamava Consultor do Comércio, e que tinha uma parte impressa, e a
outra, mimeografada. Ele nunca deixou de circular, nunca mudou a sua orientação
firme, séria e responsável, e só tem razão de orgulhar a imprensa gaúcha.
E
eu, desde que conheci o Consultor do Comércio, tive laços afetivos, é claro, e
acompanhei, tenho acompanhado e espero acompanhar por muito tempo a vida desse
jornal maravilhoso que, de segunda a sexta-feira, infalivelmente, chega às
nossas residências ou às nossas mãos.
Portanto,
eu quero cumprimentar o atual presidente do Jornal do Comércio, o Dr. Mércio
Tumelero; quero cumprimentar a direção do Jornal do Comércio, seus jornalistas,
seus editores e todos aqueles servidores que transformam papel num jornal que
nos dá conhecimento de economia, fala sobre desenvolvimento, mostra
dificuldades, fala sobre política, fala sobre futebol, sobre legislação; enfim,
um jornal completo e que orgulha o Rio Grande do Sul e orgulha a
Associação Riograndense de Imprensa, tenho certeza. Eu falo em nome da minha
Bancada, dos Vers. Beto Moesch e João Carlos Nedel, e tenho certeza de que esta
é a opinião da Casa do Povo de Porto Alegre. O Jornal do Comércio é um grande
jornal, e a ele nós desejamos vida longa. Saúde e PAZ!.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): Muito
obrigado, Ver. João Antonio Dib.
O Ver. Elói Guimarães está com a palavra em
Comunicações.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr.
Presidente, Ver. Ervino Besson; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, o
Ver. João Dib traz aqui a manifestação da sua Bancada ao Jornal do Comércio, e
quero - nas suas águas, por assim dizer - também, aqui, em nome da nossa
Bancada, em relação ao Jornal do Comércio, que estará de aniversário dia 25,
dizer que o Jornal do Comércio, sem sombra de dúvidas, é um jornal integral,
pelo seu arco de abrangência aos mais diferentes assuntos, diferentes setores,
diferentes segmentos da sociedade; ele é integral, ele é universal.
Antes
de eu ingressar na política, antes de me eleger, eu advoguei, e uma das
primeiras providências que tomei foi exatamente fazer uma assinatura do Jornal
do Comércio para acompanhar uma série de atos que o Jornal do Comércio traz à
ciência das pessoas, nas diferentes áreas: publicação de resoluções deste ou
daquele órgão, leis, questão tributária, questões ligadas a protestos, e por aí
se vai. Ao lado disso, ele também cobre as outras áreas; ele tem espaço para a
informação política, para a crônica policial, para o esporte e, portanto, nós
poderíamos proclamar aqui, alto e bom som, Ver. João Dib, que esse é um jornal
integral, que ele tem, a todas as áreas e a todos os setores, dedicado espaços,
mercê da sua história de um jornal competente, de um jornal sério, com os seus
jornalistas, enfim, todo aquele conjunto de pessoas que atua no Jornal do
Comércio, de alta competência, de competência técnica. Por ali, já se mencionou
o grande Delmar Jarros. Também lembro a figura do Mário Jarros, que, no ano
passado, faleceu, e a Dona Zaida Jarros - aquela figura da mulher que gostava
da Câmara, enfim, vinha à Câmara, e a todos, de forma carinhosa, beijava. São
figuras que marcaram a nossa cidade de Porto Alegre. Portanto, deixo a nossa
homenagem, a homenagem do PTB ao Jornal do Comércio, quando ele completa 75
anos, agora, no próximo dia 25; ao seu Diretor, ao Tumelero, enfim, a todos os
dirigentes, funcionários, jornalistas do Jornal do Comércio.
Eu
quero aproveitar este minuto final para dizer que o PTB, hoje, fez a indicação
do Prefeito de Igrejinha, Elir Domingo Girardi, para a Presidência da Famurs.
Neste ano corresponde ao PTB a indicação do Presidente da Famurs. Então, lá no
Partido, eu, na qualidade e na condição de Presidente Estadual do Partido,
presidi uma reunião de Prefeitos, e foi indicado o Prefeito de Igrejinha, o
companheiro Elir Domingo Girardi, que será indicado como Presidente da Famurs.
Quero cumprimentar a Famurs pela sua luta municipalista, e também o seu
trabalho por sua importância, pela visibilidade que tem tido no encaminhamento
de questões importantes junto ao Governo Federal e, de resto, ao Estado.
Portanto,
esta é a comunicação que eu gostaria de fazer, neste curto espaço de tempo,
registrando o nome do futuro Presidente da Famurs - o companheiro Girardi, de
Igrejinha -, e também nos somamos às homenagens ao Jornal do Comércio,
desejando que ele continue produzindo informação e opinião pública para a nossa
Cidade e para o nosso Estado. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): Obrigado, Ver. Elói Guimarães. Aproveito a
oportunidade para comunicar aos nobres colegas Vereadoras e Vereadores desta
Casa que o nobre colega Ver. Elói Guimarães esteve de aniversário no dia 17 de
maio; receba, portanto, a nossa homenagem, o nosso carinho e a nossa gratidão
em nome do Presidente desta Casa, Ver. Sebastião Melo. O nosso abraço, meu
querido Ver. Elói Guimarães.
Aproveitamos também para saudar o Marinho, nosso
segurança aqui da Casa; um abraço pelo seu aniversário no dia de hoje.
(Palmas.)
A Verª Maria Celeste está com a palavra em
Comunicações por cedência de tempo da Verª Maristela Maffei.
A
SRA. MARIA CELESTE: Sr.
Presidente, Ver. Ervino Besson; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores,
eu gostaria de agradecer a Verª Maristela Maffei, Presidenta da Frente
Parlamentar pela Infância, da nossa Câmara Municipal, pela cedência de tempo no
período de Comunicações no dia de hoje.
A
Frente Parlamentar realizou, nesta Casa, na semana passada, dia 15,
quinta-feira, um seminário tratando da questão do combate à exploração sexual
de crianças e adolescentes no Município de Porto Alegre. Demarcamos, nesse
Seminário da Frente Parlamentar, essa discussão na Casa em razão do dia 18 de
maio, Dia Nacional de Combate à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
No
dia 17 de maio, no Rio Grande do Sul, essa data também é lembrada e marcada, e
a Frente Parlamentar não poderia deixar de realizar uma atividade nesse
sentido, aqui nesta Casa, uma vez que Porto Alegre tem toda uma semana de
debate, de reflexão e discussão sobre esse tema, especificamente porque, no
Estado do Rio Grande do Sul, os casos de exploração sexual têm aumentado no
ultimo período. Se pegarmos os dados da Juizado Da Infância e da Adolescência,
do ano passado, veremos que mais de 760 casos foram constatados no ano de 2007,
no que se refere à questão do abuso e exploração sexual de crianças e
adolescentes. A cada quatro horas, uma criança, no Estado do Rio Grande do Sul,
é acometida de algum tipo de violência, especificamente violência sexual. Esse
dado é muito alto, é muito forte, e, lamentavelmente, são dados que estão sendo
colocados à disposição para que possamos fazer o combate e o enfrentamento
dessa problemática na área da infância. Porto Alegre está resgatando, através
do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, o Plano Municipal de Enfrentamento nessa
abordagem e nessa temática, um plano que, desde 2004, estava praticamente
parado em alguma gaveta, em algum lugar na Prefeitura Municipal de Porto
Alegre. E o Conselho Municipal retoma essa discussão junto à Prefeitura para
que, de fato, possamos fazer o enfrentamento dessa temática aqui no Município
de Porto Alegre.
Portanto,
hoje, quando passamos a semana de atividades e de reflexões, ainda há muito a
construir nesta Cidade, para que, de fato, as nossas meninas, os nossos meninos
tenham uma infância saudável e uma infância feliz.
O segundo tema que eu gostaria de tratar desta
tribuna hoje, no Período de Comunicações, diz respeito também a uma
problemática e a uma situação que estamos vivendo no Município de Porto Alegre,
que é bastante difícil, bastante caótica: a questão da habitação. Eu tive a
oportunidade de realizar uma visita ao Loteamento Cristiano Kraemer, na Zona Sul, onde as pessoas receberam as suas
casas, após anos de luta no Orçamento Participativo, após anos de luta junto ao
DEMHAB, para que pudessem receber a sua moradia com dignidade. Qual não foi a
minha surpresa, na visita que realizei, quando verifiquei o estado em que se
encontram as moradias e as casas do Loteamento Cristiano Kraemer, entregues no
início do ano passado; aliás, Ver. Guilherme Barbosa, Presidente da Comissão de
Defesa do Consumidor e Direitos Humanos, um tema que, inclusive, os moradores
trouxeram, no ano passado, para esta Casa e para essa Comissão. O Ver. João
Antonio Dib me perguntava que foto é esta. Por favor, aqui, eu gostaria que a
câmera pudesse pegar a imagem (Mostra foto.) da condição de moradia em que foi
entregue essa casa pelo DEMHAB para as pessoas que estão ali agora construindo.
Estou mostrando para as nossas câmeras as condições de moradia do loteamento
entregue pelo DEMHAB no ano passado. Essas casas não têm nem um ano ainda, Ver.
João Antonio Dib. É assim que se encontram as moradias desse loteamento.
(Mostra a foto.) Foi dessa forma que nós encontramos as moradias entregues pelo
DEMHAB. E essa discussão já passou por esta Casa, quando houve uma série de
combinações com o próprio DEMHAB; e nada foi resolvido até o dia de hoje.
Continuam as condições precárias; e, pasmem, um assessor do DEMHAB, que lá
compareceu, dizia para a comunidade: “Eu não sei por que vocês estão
reclamando, vocês não pagam mais aluguel; fiquem aí onde estão e não
incomodem!” Então, é dessa forma que o DEMHAB tem tratado, nos conjuntos
habitacionais, a população quando entrega suas moradias. Moradia é dignidade; e
ninguém vai para um lugar para ser tratado dessa forma e, especialmente, pela
assessoria do DEMHAB. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): O Ver.
Maurício Dziedrick está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Ausente.
Solicito ao Ver. Luiz Braz que assuma a presidência
dos trabalhos para que este Vereador possa se manifestar.
(O Ver. Luiz Braz assume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O Ver. Ervino Besson está com a palavra em Comunicações, por cedência do
Ver. Nereu D’Avila.
O SR. ERVINO BESSON: Meu caro Presidente dos trabalhos, Ver. Luiz Braz; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras; senhoras e senhores que nos acompanham nas galerias ou pelo
canal 16 - da TVCâmara -, eu gostaria de saudar todos.
No último sábado, na
Usina do Gasômetro, houve um evento que faço questão de relatar agora, aqui da
tribuna. Trata-se do evento do DMLU,
Ver. João Antonio Dib; 198 pessoas participaram da Rústica do DMLU, a grande
maioria deles funcionários do DMLU. Num evento como esse, a valorização do
cidadão, da cidadã, do ser humano, é de grande importância. E nós
sabemos o que representam os funcionários do DMLU no dia-a-dia, recolhendo o
lixo que nós, o povo desta Cidade, produzimos. E alguém tem que limpar esse
lixo: são os nossos queridos amigos, funcionários do DMLU, pessoas simples,
Ver. João Antonio Dib, pessoas que prestam um relevante trabalho para a limpeza
da nossa Cidade. Nós tivemos a oportunidade de estar, junto, nessa Rústica, no
último fim de semana, em que os funcionários receberam prêmios, e ver a
alegria, a satisfação desses funcionários em serem reconhecidos, com a
valorização da cidadania. Portanto, eu quero destacar, reconhecer e parabenizar
a direção do DMLU nas pessoas do Sr. Mário
Moncks, Diretor-Geral; do Sr. Carlos Vicente, Diretor Adjunto; do Sr.
Raul Cabral, Supervisor Financeiro; do Sr. Adelino Neto, Supervisor
Operacional; enfim, todas as demais pessoas que ocupam cargos no DMLU, como as
chefias de capatazia, junto com os funcionários. Hoje parece que a comunidade,
com alguns procedimentos, às vezes, quer se distanciar do funcionário, do
trabalhador. Que beleza, Ver. Dib, que alegria a gente estar participando junto
e sentir a satisfação de ver aquelas pessoas simples receberem o reconhecimento
da sua chefia, do departamento em que trabalham. Isso é de grande importância!
O
Sr. João Antonio Dib: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Ervino Besson, os
garis da nossa Cidade, pelo trabalho ingente que fazem, correndo para a coleta
do lixo nas diferentes horas do dia, realmente, têm preparo físico para a
maratona, mas é um momento de exposição daquele esforço realizado
diuturnamente.
O
SR. ERVINO BESSON:
Perfeito, Ver. João Antonio Dib, é o trabalho deles do dia-a-dia. Que bom
quando a gente vê que o trabalho dessas pessoas é reconhecido! Centenas de
porto-alegrenses estiveram lá apoiando, aplaudindo e dando incentivo a esses
trabalhadores!
O
Sr. Beto Moesch: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Ervino, eu quero também me
somar a V. Exª e ao Ver. Dib pela importância, Presidente Luiz Braz, dessa
atividade muitas vezes esquecida, e lembrar que também existem os garis da
Secretaria Municipal do Meio Ambiente que trabalham em parques e praças. A
Secretaria possui 21 apenados, dentro de um trabalho de inclusão social, que se
constituíram em excelentes garis
e que, às vezes, não são lembrados. Então, eu só queria lembrar deles, que
trabalham por meio desse convênio com a SMAM. Obrigado.
O
SR. ERVINO BESSON: Perfeito,
Ver. Beto Moesch. Vossa Excelência, que fez um belo trabalho junto à
Secretaria, teve a oportunidade de trabalhar junto a essas pessoas. É de grande
importância a valorização do cidadão, da cidadã, do ser humano.
Portanto,
fica aqui esse reconhecimento, com muita alegria, porque estivemos lá
participando desse evento, quando ouvimos os aplausos das pessoas e vimos o
Prefeito Municipal também lá entregando as taças, as medalhas, os prêmios.
Acontecimentos como esse, sem dúvida nenhuma, engrandece o cidadão, é um
incentivo para esses simples funcionários. Temos um visual bonito da Cidade com
suas praças graças a esses trabalhadores.
Em
nome da Câmara Municipal de Porto Alegre, dos 36 Vereadores e Vereadoras -
permitam-me, nobres queridos Vereadores e Vereadoras -, faço esse
reconhecimento a essa categoria, que merece o nosso respeito. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
(O
Ver. Ervino Besson reassume a presidência dos trabalhos.)
O
SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): O
Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra em Comunicações, por cedência do Ver.
Marcelo Danéris.
O
SR. GUILHERME BARBOSA: Boa-tarde,
Ver. Ervino Besson; colegas Vereadores e Vereadoras; demais pessoas que nos
acompanham nas galerias e pela TVCâmara. Quero também me associar ao Ver. João
Dib, cumprimentar o Jornal do Comércio pelos seus 75 anos, jornal esse, Ver.
João Antonio Dib, que eu tenho a avaliação de que é o mais democrático dos
jornais de Porto Alegre, tem a sua linha editorial, mas alguém pode escrever um
texto e encaminhar para o Jornal do Comércio, que ele será, com certeza,
publicado. Há jornais, aqui na Cidade, que avaliam o texto, e há outro jornal,
que, dependendo de quem escreve, jamais o texto será publicado, independente do
texto. O Jornal do Comércio não; pode escrever, que, com certeza, será
publicado.
Eu
quero também comentar o assunto trazido pela Verª Maria Celeste, com relação ao
conjunto habitacional produzido pelo DEMHAB lá na Cristiano Kraemer. Nós já
estivemos lá, a comunidade já veio na CEDECONDH. Aquilo lá - eu já havia
comentado aqui nesta tribuna - é um escândalo, é uma vergonha para a Prefeitura
de Porto Alegre. O DEMHAB levou as pessoas para lá sem a ligação elétrica e
forçou as pessoas a fazerem “gato” na rede da CEEE. Não fez, levou as pessoas
para lá, e as pessoas se viram obrigadas, pelo DEMHAB, a fazer “gato” na
iluminação elétrica. E a maior surpresa: ainda levou o Prefeito para caminhar
nesse local. As paredes estão rachadas, a madeira é de quinta categoria, não há
drenagem na área. Ao longo do tempo, aqueles pequenos pilaretes, construídos
com tijolos, por falta de drenagem, podem derrubar a moradia. Está falando aqui
um engenheiro sem nenhuma dúvida do que está dizendo. Se não fizerem a
drenagem, a chuva vai terminar derrubando as casas. Portanto, base de apoio ao
Prefeito, por favor, alerte, pressione o DEMHAB, porque isso vai acontecer se
não for corrigido.
E
ainda no mesmo assunto, recentemente o DEMHAB publicou essa relação de futuros
empreendimentos. Se a câmera puder mostrar com mais detalhe. (Exibe
documento.) Um, dois, três, quatro, cinco empreendimentos do DEMHAB, e está
anunciado assim: “Do DEMHAB.” Só que nós vamos ver que a prestação de cada
moradia dessas, Ver. João Antonio Dib, é de 330 reais. Isto é moradia popular
produzida pelo DEMHAB? Não é! Sabem de quem é o empreendimento, colegas
Vereadores e Vereadoras? É da Caixa Econômica Federal. Isto é PAR - Programa de Arrendamento Residencial -,
do Governo Luiz Inácio Lula da Silva. O DEMHAB, única e exclusivamente, faz a
inscrição das pessoas. O empreendedor que quer levar um PAR adiante procura a
Caixa, procura a área, faz o Projeto, aprova o Projeto na Caixa, constrói e vende.
A única coisa que o DEMHAB faz é a inscrição das pessoas. Mas é anunciado, nos sites
da Prefeitura e do DEMHAB, como se fosse iniciativa do DEMHAB. A Administração
Municipal, como eu digo, além de ser tartaruga, ela, agora, se mostra também
chupim.
O
Sr. João Antonio Dib: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.)
Nobre
Vereador, enquanto o Governo Lula elogia a estrutura do Departamento Municipal
de Habitação, V. Exª diz que o DEMHAB não serve para nada. É lamentável que o
Presidente da República precise elogiar o DEMHAB, e V. Exª, não.
O
SR. GUILHERME BARBOSA:
Eu não vi ainda este elogio. Se V. Exª o tem, por favor, passe-me. Mas deve ser
o elogio por fazer a inscrição, porque o DEMHAB é um balcão, única e
exclusivamente! Eu gostaria de ver, por escrito, este elogio, que ainda não vi
em lugar nenhum.
Por
último, tenho outro assunto com relação à iluminação pública. Um cidadão, hoje,
no jornal Correio do Povo (Mostra o Jornal.), reclama de uma luminária e disse
que recebeu uma resposta da SMOV, Ver. João Bosco, de que tinham feito o
conserto. Ele disse: “Eu moro em frente ao poste onde está a luminária, e nada
foi feito, mas me responderam que fizeram!” Quer dizer, além de não fazerem,
dão uma resposta inverídica.
Nós
colaboramos com o Ministério Público, que suspendeu uma licitação, que era uma
vergonha, que queria privatizar a iluminação pública de Porto Alegre, numa
relação muito estranha - muitíssimo estranha -, mas, felizmente, o Ministério
Público mandou suspender. Felizmente! Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
Informo que o Ver. João
Carlos Nedel representará esta Presidência na Solenidade de Divulgação da
Ampliação do Tecnopuc, que será realizada na data de hoje, às 15 horas, no
Auditório Talento Empreendedor da PUC/RS, na Av. Bento Gonçalves 4.592.
O
Ver. Professor Garcia está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Ausente.
Encerrado
o período de Comunicações. Passamos ao
GRANDE EXPEDIENTE
O
Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra em Grande Expediente. (Pausa.)
Ausente.
O
Ver. Beto Moesch está com a palavra em Grande Expediente.
(O
Ver. Sebastião Melo, reassume a presidência dos trabalhos.)
O SR. BETO MOESCH: Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, o Ver. Haroldo de Souza acabou de me lembrar das
mudas de árvores que serão, sim, plantadas. Nós ficamos muito satisfeitos
quando pessoas físicas e jurídicas pedem o plantio de mudas de árvores, mudas
que passam a ser adotadas espontaneamente. Porto Alegre é uma das metrópoles
mais arborizadas do mundo, há muitos e muitos anos, reconhecida como tal. Isso
é fruto da sociedade porto-alegrense, e não de um ou outro Governo.
Tenho
ouvido muito aqui - e estava comentando, há mais tempo, com o Ver. Dib e com o
Ver. Ismael - que nós deveríamos prestar esclarecimentos sobre o ciclone
extratropical. Somente hoje, alguns Municípios estão fazendo um balanço -
estarrecedor! - do que ocorreu. Em primeiro lugar, foram mais de 20 horas de
ventos de mais de cem quilômetros por hora, sem parar, com chuva torrencial.
Que aglomerado urbano conseguiria passar por um fenômeno sem precedentes como
esse aqui na Cidade sem haver seriíssimos problemas para todo cidadão, sem
exceção? O que as comunidades - não digo acostumadas, porque é impossível
acostumar-se com fenômenos como esse - fazem quando se anuncia um ciclone ou
uma tormenta, Ver. João Bosco? Não saem, porque é quase um suicídio sair de
casa perante um fenômeno desses, e as pessoas saíram. Aí muitas árvores caíram,
assim como postes caíram, assim como letreiros caíram, assim como telhados,
vidros, e assim por diante. Quero dizer, Ver. Haroldo, que isso se comprova. As
árvores são amortecedores de chuvas torrenciais e de ventos. Pobre da cidade
que não tem árvores, porque os alagamentos são ainda maiores, a tragédia é
ainda maior. Se uma árvore cai, é porque ela barrou o vento e não deixou que
outra coisa caísse. Essa é a lei da física. “Ah, mas as árvores precisam ser
podadas”; “As árvores estão velhas”. Por favor! Não existem árvores velhas;
existem árvores doentes. A árvore é um vegetal e, em geral, quanto mais velha,
mais sadia, firme e vigorosa é; perguntem aos biólogos, engenheiros florestais
e engenheiros agrônomos. Não existem árvores velhas, existem árvores sãs ou
árvores doentes, porque, senão, seria muito fácil, Ver. Ervino. “Ah, depois de
50 anos, vamos cortar as árvores.” Pois, por exemplo, um jacarandá com 50 anos
que não sofreu poda é muito mais vigoroso do que um jacarandá de dez anos de
idade; uma figueira é muito mais vigorosa e forte com 500 anos do que com 20
anos. Perguntem para a natureza por que é assim. Isso não é uma lei humana;
isso é lei da natureza. Então, por favor, querer dizer que as árvores caíram
porque não tiveram poda! Muito antes pelo contrário! Se caíram, é porque
sofreram podas irregulares, principalmente podas de raízes. As árvores são os
amortecedores das chuvas e dos ventos. Pois trago aqui os números. Já lhe passo
a palavra, Ver. Ervino, grande parceiro nessa luta em defesa da natureza, e por
isso faço questão de lhe dar um aparte, mas só quero mencionar os números antes
das vistorias técnicas realizadas ou por engenheiro agrônomo, ou por engenheiro
florestal, ou por biólogo. Na cidade de Porto Alegre, em 1982, esta Casa passou
a exigir a licença prévia do órgão competente para poda e corte de árvores, o
que hoje está em Lei Federal. Mais uma vez, o pioneirismo desta Casa, do então
Ver. Luiz Vicente Dutra, hoje é Lei Federal: não se pode podar e cortar árvores
sem autorização prévia. Por quê? Porque, senão, elas são malpodadas e caem; aí
elas se tornam perigosas. O número de vistorias técnicas realizadas no ano de
2007 em árvores foi de 14.551 árvores vistoriadas, mais de 200 vistorias por
dia. Enquanto nós estamos aqui, Ver. Ervino, estão vistoriando as árvores, com
ou sem ciclone, Ver. Haroldo de Sousa. Foi agora em nosso Governo? Não, sempre
foi assim. Isso é da história desta Cidade, que, por amar as suas árvores,
porque ama o seu povo, criou a primeira Secretaria do Meio Ambiente do País,
aprovada por esta Casa em 1976.
Até
para colaborar com o debate, Ver. Ervino, trago mais números - o Ver. Haroldo
vai nos ajudar: um campo de futebol tem um hectare, não fiz o cálculo aqui,
mas, em corte de grama e capina, foram 34 milhões de metros quadrados
realizados em 2007. São quantos “maracanãs”? São quantos “beira-rios”? São
quantos “olímpicos”? Mais de 34 milhões de metros quadrados de capina e corte
de grama nas nossas praças e nos nossos parques! Porto Alegre é a cidade que
mais possui áreas verdes no Brasil, não só árvores. Uma cidade não precisa só
de árvores, precisa de áreas verdes, praças e parques. São 578 praças e 173
gravadas no Plano Diretor, que não são praças urbanizadas, porque foram feitas
em uma época em que não se exigia do loteador a execução da praça, mas, desde
os anos 70, já é uma realidade, são leis, Ver. Dib, aprovadas por esta Casa,
pela sua história. Árvores podadas em vias públicas: 11.209! Onze mil podas
corretivas em 2007; remoção de árvores, pela SMAM, por vistoria, necessidade,
em 2007: 2.393 árvores retiradas; plantio, 10.095. Vamos entrar na quarta
edição das 10.000 mudas de árvores nativas plantadas, sem falar das
compensações ambientais obrigatórias.
O
Sr. Ervino Besson: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado, Ver. Beto Moesch. V.
Exª é um conhecedor, um ecologista de berço, e a qualidade de vida da nossa
gente, do nosso povo, depende da preservação das nossas árvores, do nosso meio
ambiente.
Ver.
Beto Moesch, talvez muitas pessoas não saibam, mas o melhor vinho, o de maior
qualidade, o vinho mais caro do mundo é produzido das parreiras de maior idade;
quanto mais velhas as parreiras, melhor a qualidade do vinho. Veja V. Exª o que
é o meio ambiente, o que é a preservação da nossa natureza! Sou grato a Vossa
Excelência.
O
Sr. Guilherme Barbosa: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Beto Moesch, eu quero
trazer informações - para animar o debate, não para entrar nessa questão dos
números, mas para trazer uma visão de quem trabalha profissionalmente na
Companhia Estadual de Energia Elétrica - sobre o vento e seus efeitos. Eu
percebi, nas fotos dos jornais, árvores caídas; muitas delas foram arrancadas
na totalidade; portanto, foram arrancadas, inclusive, as suas raízes do solo, o
qual deveria estar muito encharcado; o vento muito forte as arrancou. Então,
isso, de fato, demonstra a sanidade da árvore. E, por outro lado, se a minha
constatação estiver certa, se não foram todas - as que eu vi direto nas ruas ou
por fotografias -, a maioria delas caiu no meio da rua, e não contra as casas;
até podem ter atingido alguma casa, mas do outro lado. E então, isso é efeito
de um vento fantástico, um ciclone. O vento veio baixo, entrou nas ruas como um
corredor, criou um vácuo e puxou as árvores para o centro da rua, e não para
dentro das casas. Então, é uma constatação deste engenheiro que traz ao debate
...
O
SR. BETO MOESCH: Tem
mais uma coisa que falaram os meteorologistas. Segundo os meteorologistas, o
efeito-ciclone, que já é muito forte, é agravado nesse caso - óbvio, mais de
100 km. Nesses casos que V. Exª colocou, nos corredores, ele é potencializado -
a lei da física -; o senhor, como engenheiro, sabe explicar melhor.
O
Sr. Guilherme Barbosa: O
vento - para a gente entender - é como se fosse um líquido, é um fluido,
exatamente um fluido; então, ele vem numa determinada largura; quando fecha
essa largura, ele aumenta a velocidade. Então, pode ter sido potencializado em
algumas ruas, derrubado as árvores...
O
SR. BETO MOESCH: Como na
Rua Machado de Assis.
O
Sr. Guilherme Barbosa: ...fazendo
uma sucção das árvores, derrubando-as para dentro da rua, e, neste caso,
concordo com V. Exª, não vou entrar nos números, porque não conheço, mas, se
foi arrancada pelas raízes, a parte superior da árvore estava sã, portanto.
Obrigado.
O
SR. BETO MOESCH:
Obrigado, Ver. Guilherme Barbosa. Eu quero só colocar, é claro, que, em uma
Cidade que tem um milhão e quinhentas mil árvores em ruas e avenidas, sem falar
das árvores em parques e praças, sem falar das árvores em terrenos
particulares, em morros e arroios, Ver. Guilherme, é claro que sempre vai haver
algumas que vão fugir ao controle. Um milhão e quinhentas mil árvores em ruas e
avenidas, sem falar das árvores em parques, praças, terrenos particulares,
morros e arroios. Realmente é impressionante, Ver. João Bosco Vaz, é
impressionante o que tem de árvores nesta Cidade. Graças a Deus! E o ciclone
teria sido muito mais nefasto se não fossem essas árvores. E vejam os números
de parques, que eu não tinha trazido ainda; aqueles números foram em ruas e
avenidas. Então, vejam, metros quadrados em praças: trinta e quatro milhões; se
incluirmos os parques, acrescentam-se mais 14 milhões. Então, são 50 milhões de
metros quadrados, 50 milhões, Ver. Haroldo, com capina, com varrição! E por
isso o Ervino lembrava dos garis da SMAM - há os garis das ruas, que são do
DMLU, e os garis de praças e parques, que são os garis da Secretaria Municipal
do Meio Ambiente -, que fazem 50 milhões de metros quadrados de varrição,
capina e corte de grama. Se foram podadas, em ruas e avenidas, 11
mil; em parques, foram 2.600. Portanto, são 14 mil árvores podadas, corretivas,
em 2007, e três mil cortadas também por correção.
O
Sr. Haroldo de Souza: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado, Vereador. Uma
pergunta ao ex-Secretário que me faz a taxista Dona Vera. Ela está em casa
descansando, assistindo à TV Câmara e manda perguntar. Ela está há dois anos
solicitando que resolvam o problema de uma árvore que está no pátio da casa
dela, que quebra o telhado, caindo galhos e, se houver um vento muito forte,
pode derrubar a árvore em cima da casa. Ela queria saber de você o que ela tem
de fazer para conseguir que isso saia. Faz dois anos que ela dorme assustada.
Uma resposta técnica. Obrigado.
O
SR. BETO MOESCH: Perfeito.
E aí, Ver. Haroldo, há o reconhecimento nosso, e a Câmara tem de reconhecer e
colaborar neste aspecto também, de que nós não temos... Olhem os números, mas
esses números ainda não são suficientes. Eu vim aqui, Verª Sofia, apenas
mostrar que números impressionantes; deu-se um número de Primeiro Mundo, mas
que são ainda, Ver. Haroldo, insuficientes para atender a alguma senhora que
solicita, às vezes, uma vistoria; demora a vir.
A
Srª Sofia Cavedon: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Beto, nós, depois do
ciclone, coordenados pelo Ver. Sebastião Melo, tivemos uma reunião com o
Secretário do DEP e também com a presença da Verª Clênia, a Secretária, e com a
CEEE. E uma das observações da CEEE - e aí eu gostaria de ouvir a sua opinião -
é de que, infelizmente, o Poder Público segue plantando árvores exatamente
embaixo dos fios de alta tensão, que trarão problemas no futuro. Em função de
não poder podar, nós estamos disputando a preservação dos fios e das árvores.
O
SR. BETO MOESCH: Ver.
Sebastião Melo, respondendo à Vereadora Sofia, quero dizer que, primeiro, esta
Casa, sempre pioneira, aprovou, em 2002, a exigência de cabos ecológicos que
evitam...
(Aparte
anti-regimental.)
O
SR. BETO MOESCH: É uma
questão técnica, uma questão técnica, por favor! Cada um no seu lugar. Uma
questão técnica: os cabos ecológicos evitam a necessidade de poda; e mais:
hoje, os jacarandás, tipuanas, que são árvores imensas, canafístulas,
estão já sem precisarem ser podadas, porque a árvore cresce e deixa a fiação no
meio; nenhuma dessas árvores teve problemas com o ciclone, estas que foram
devidamente podadas, e não malpodadas. Vamos continuar plantando cada vez mais
árvores; quanto mais árvores, melhor. Estamos plantando ainda muito pouco,
porque o que protege a Cidade são as árvores, e Porto Alegre é a cidade das
árvores. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. José
Ismael Heinen está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exmo
Sr. Presidente, nobres colegas Vereadores, Vereadoras, público que nos assiste,
tenho que trazer, porque é notícia novamente nos jornais de Porto Alegre, um
assunto que tenho batido aqui; não é debatido, é batido intensamente. A prova
disso é que, sábado, nós, militares, irmãos de farda, fomos enterrar um colega
nosso, de 32 anos, pai, com família, esposa, brutalmente assassinado, dentro de
sua residência, com um tiro na cabeça.
Abrindo o jornal de hoje, no final de semana, dois
fatos vêm a corroborar muito aquilo que temos falado aqui. O Projeto que a
Câmara votou, praticamente por unanimidade, com uma abstenção, é sobre a
proibição do uso do capacete. Está no blog da zerohora.com, Ver.
Dib, uma filmagem de dois indivíduos usando capacetes, assaltando uma padaria,
12 pessoas. Chegam a ser grotescas as imagens que vemos durante um minuto e
meio, a maneira segura com que eles fazem os assaltos, usando os capacetes de
motociclistas.
Mas o que mais nos chamou a atenção é o
levantamento que o jornal Zero Hora fez, percorrendo 35km durante o dia, 35km à
noite, em busca do amparo da Segurança Pública para a população de Porto
Alegre, e o que aconteceu? Encontraram apenas, nesses 35km de dia e mais 35km à
noite, quatro PMs e cinco viaturas militares nesse trajeto que percorreram em Porto Alegre. É uma crise
crônica que o Estado tem, e diz aqui: “O menor efetivo da Brigada em 23 anos”.
O efetivo vem diminuindo, diminuindo, diminuindo. Em 1984, tínhamos 22 mil brigadianos; hoje, ainda temos apenas 22 mil.
E a população - pasmem! -, aumentou dois milhões. Não fosse isso, desses 22
mil, 3 mil são bombeiros. E diz o Secretário de Segurança que, urgentemente,
ele vai providenciar que 1.200 saiam da área burocrática para fazerem
policiamento ostensivo. Mais grave ainda: 768 fizeram concurso, foram aprovados
e, até hoje, não foram chamados.
E
diz o Secretário que a necessidade, hoje, seria não de 22 mil, seriam
necessários 44 mil para termos uma política de salvaguarda a todo cidadão,
principalmente aos nossos filhos e aos nossos idosos. Sabemos que só a Brigada
Militar, só a Polícia não resolve o problema. Com essa violência e essa
insegurança que nós estamos vivendo hoje impõe-se, de uma maneira drástica e
urgente, que se formem mais brigadianos, para que possamos tê-los percorrendo
as ruas das nossas cidades. Também há uma crise muito grande lá no Interior, lá
nas casas abandonadas dos nossos agricultores. A presença do homem que está treinado
para fazer a segurança da população está ausente por falta de efetivo ou por
falta de recurso. Não adianta nós querermos criar novamente a tal de CPMF,
agora, para a Saúde. De repente, vamos ter que ter CPMF para tudo o que não
funciona neste Brasil. Vamos ter que fazer uma CPMF para a Segurança, fazer
outra CPMF para a Educação. Vamos parar com essa história de CPMF, porque já
foi esgotado o debate, a população brasileira já se manifestou, não quer, e o
Congresso também já disse que não quer! Logicamente, a segurança está embasada
também em termos de atendimento da Saúde, da Educação, ou seja lá o que for,
duas coisas básicas que o cidadão precisa.
É
urgente, hoje, que nós coloquemos mais policiamento nas nossas ruas, para que,
ao menos, não campeiem tão livremente esses assaltos horrendos que nós temos
visto historiados todos os dias; hoje é um colega meu; amanhã, pode ser um
colega dos senhores, todo dia está acontecendo, toda hora está acontecendo, se
pior não for, como quase aconteceu com a minha neta ou com um dos nossos
próprios filhos. Nós, homens públicos, temos que tomar uma atitude, porque a
consciência nós temos; o que falta é segurança, sim, seja a segurança que for.
Então, esse é o pronunciamento do Partido Democrata hoje, cobrando da Srª
Governadora, ou de que quem seja, essas medidas urgentes em prol da segurança
dos cidadãos.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): A
Verª Margarete Moraes está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A
SRA. MARGARETE MORAES: Sr.
Presidente, Ver. Sebastião Melo; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores;
público que nos assiste pelo Canal 16 e que nos prestigia nesta tarde de
segunda-feira, eu queria me referir à Cidade do Refúgio, Verª Sofia, que é uma
falsa clínica de dependentes químicos e alcoolistas, sediada no Município de
Guaíba, que tinha como meta, tinha como objetivo, tratar de doentes, de doentes
que não são ricos, que não têm dinheiro para se tratar numa clínica particular.
Essa falsa clínica Cidade do Refúgio foi fechada pelo Ministério Público, pela
Vigilância Sanitária e pela Brigada Militar. Então, as pessoas que procuram um
local como esse, ou suas famílias, procuram para que seus filhos, seus
parentes, tenham um tratamento adequado, e esse tratamento adequado exige tratamento
médico, clínico, e também muito carinho. Quem de nós não conhece dependentes de
drogas ou não conhece vítimas das drogas que permeiam a nossa sociedade?
E
o jornal Zero Hora apresentou, no fim de semana, as torturas, torturas
inimagináveis, que eu não quero repetir aqui, Ver. Haroldo, feitas a pessoas
dependentes que vão lá para se curar e que são maltratados pela clínica Cidade
do Refúgio, um verdadeiro “campo de concentração”, porque, como eu disse antes,
são pessoas que não têm acesso ao bom tratamento das clínicas particulares.
Isso causou grande comoção na sociedade gaúcha, e estranho é que a Prefeitura
Municipal de Porto Alegre mantinha vínculos com essa comunidade, essa
verdadeira “fazenda dos horrores”. E isso foi anunciado nos jornais de Porto
Alegre, em janeiro, como política para enfrentar a situação da população de
rua. Então, dá a impressão de que a solução da Prefeitura era escondê-los,
livrar-se deles, e parece que o que se passava lá dentro não acontecia.
Pelo
que consta, os Conselhos de Saúde e Assistência Social nunca aprovaram
convênios com esses locais. Então, é importante dizer que a Prefeitura não tem
política para a área. Aliás, há um desprezo pela participação popular em geral,
há uma destruição dos conselhos, como foi o caso do Conselho Municipal da
Cultura, que nunca mais funcionou.
O
pior de tudo, Vereadores e Vereadoras, é que, em 2006, esta Câmara concedeu o
Prêmio “Diga Não às Drogas” à Casa do Refúgio. E eu acho que esta Casa foi
induzida a erro; ninguém sabia o que ocorria lá, e, inclusive, o proponente não
deveria saber o que ocorria dentro dessa “casa dos horrores”. Mas é tempo de
nós corrigirmos esse erro e sustarmos a Resolução que concedeu o Prêmio. É
possível agora corrigir o erro, anular o Prêmio, sob pena de mancharmos as
demais instituições da cidade de Porto Alegre que receberam o Prêmio desta
Casa. Então, é algo que diz respeito à Prefeitura e diz respeito a nós. Eu
tenho certeza de que o Vereador não sabia o que, de fato, acontecia.
Quero
dizer ao Ver. José Ismael Heinen, sobre a questão da Segurança, que a
Assembléia Legislativa aprovou o mesmo teto para todos os Poderes no Rio Grande
do Sul, quando havia uma proposta do Deputado Daniel Bordignon para tetos
diferenciados. Então, qualquer pessoa que trabalhe em qualquer órgão pode
receber até 22 mil, infelizmente elevando a folha de pagamento e elevando os
gastos do Governo.
Sobre
a tempestade, da qual já falamos muito, foi algo difícil, mas ninguém nos
convence de que o Governo não deveria estar preparado, não para dominar a
natureza, Ver. Todeschini, porque nós sabemos que isso é impossível, mas para
um acolhimento organizado. Os CAS deveriam estar abertos, os centros
comunitários, as escolas deveriam ter comida, cobertas para as pessoas. Na Vila
Dab Dab, por exemplo, as pessoas passaram toda a madrugada com frio e com fome.
Essa sensação de abandono é a pior sensação. Esta Prefeitura foi pega
despreparada, e não adianta vir aqui culpar a população, dizer que é apenas
questão do lixo ou tentar minimizar esse drama que aconteceu em Porto Alegre, pois
inclemência da natureza é uma coisa; imprevidência do gestor público é outra.
Isto é flagrante, basta olhar para o lado e - e querer olhar - e ver que a
cidade de Porto Alegre está absolutamente abandonada no que diz respeito à
maior obrigação do Governo Municipal, que é a prestação de serviço. Obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE(Sebastião Melo): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. LUIZ BRAZ: Vereador-Presidente Sebastião
Melo; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras;
senhoras e senhores, com toda a certeza, um dos maiores sonhos de qualquer
família é ter a sua casa própria. E tanto o Governo Federal como o Governo
Municipal têm, nos últimos tempos, unido esforços no sentido de fazer com que
as famílias mais carentes pudessem ter acesso à sua casa própria. Mas eu
acredito que alguma coisa deve estar falhando, nos últimos tempos com relação,
a essa aquisição da casa própria.
O Município de Porto Alegre - e não foi no Governo
Fogaça, pelo menos o início; foi no final do Governo Fogaça, mas iniciou no
Governo anterior - fez uma seleção de famílias para ocupar aqueles apartamentos
que foram construídos numa região nobre da Cidade, ali na Azenha, na esquina da
Av. Princesa Isabel - mais de 200 apartamentos. Ora, nós acreditávamos, Ver.
João Antonio Dib, que as famílias que iriam ser transportadas para aqueles
apartamentos eram famílias carentes que haviam passado por uma triagem, através
do trabalho da Prefeitura Municipal, a fim de que elas pudessem ocupar aqueles
apartamentos. Algum tempo atrás, eu andei fazendo um levantamento sobre o nome
de famílias, o nome das pessoas que ocupavam aqueles apartamentos, e via-se o
seguinte: existia, Ver. João Dib, primeiramente, uma coincidência muito grande
com relação a sobrenomes, várias pessoas de uma mesma família ganhando aqueles
apartamentos ali daquele local. E agora, como se não bastasse isso, uma ação da
polícia, no último final de semana... porque aquelas famílias - muitas delas, é
claro que não a maioria - estão ligadas ao tráfico de drogas. Ora, será que,
nessa triagem feita pelo Município de Porto Alegre na Administração passada -
não foi nesta - não foi feito o levantamento da necessidade de cada uma dessas
famílias, do trabalho que elas executavam, do tempo que estavam na fila
esperando por esses apartamentos? Será que nada disso foi feito? Ou será que se
levou, em primeiro lugar, o critério de filiação partidária? Se é assim, nós
vamos ter que fazer uma averiguação completa em todas as aquisições que foram
feitas nos últimos tempos. Por que várias famílias, várias pessoas ligadas ao
tráfico de drogas tiveram preferência numa cidade como a nossa, onde sabemos
que existem milhares de pessoas à espera de um local para morar? Essa foi uma
falha muito grande, realmente, do Poder Público Municipal.
Eu tenho notícia de que, quando o Prefeito Fogaça
recebeu já aquelas obras em franco andamento - porque a Prefeitura atual só
terminou aquelas obras - as destinações já estavam todas elas feitas, não se
pôde mexer absolutamente mais em nada. Mas cabe a nós, Ver. Nereu D’Avila,
fazer uma verificação nas últimas destinações ou, pelo menos, nas destinações
feitas desde aquele tempo até agora, para vermos, realmente, se o critério partidário
se sobrepõe ao critério necessidade ou ao critério tempo de inscrição, porque
eu acredito que esse critério “tempo de inscrição” e o critério “necessidade”
devam prevalecer sobre o critério partidário, porque, senão, vai ficar
realmente muito difícil nós fazermos política habitacional aqui em nosso
Município. São milhõer gastos para suprir
as carências habitacionais, e, no final, o que a gente vê é que os traficantes
de drogas estão tendo preferência para a aquisição dos imóveis, pelo menos
aqueles que foram destinados na última gestão do PT, no nosso Município.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O
Ver. Adeli Sell está com a palavra para uma Comunicação de Líder pela oposição.
O
SR. ADELI SELL: Ora,
ora, Ver. Sebastião Melo, meu caro Presidente; colegas Vereadores e Vereadoras,
a que ponto nós chegamos! Agora, o problema do tráfico, em Porto Alegre, é
resultado da Administração Popular! Ver. Braz, vamos debater amanhã; na
próxima, o senhor vai ter oportunidade de rebater, mas, convenhamos, não dá
para adivinhar, o tráfico está hoje em todas as camadas sociais! A gente abre o
jornal e vê que filho de bacana, que mora em mansão de luxo, está traficando,
está entrando na Internet, roubando senhas, está virado num pandemônio! Este
País precisa ter uma grande atividade policial de inteligência, mas hoje a
manchete do jornal Zero Hora diz que, desde 1985, temos o mais baixo nível de
policiais militares no Estado do Rio Grande do Sul; estão faltando 12 mil
homens e mulheres na Brigada Militar! É por isso que não dá para pegar a turma
do tráfico, ou há dificuldades. É só ler as páginas dos jornais!
Mas
eu gostaria de fazer um levantamento dos últimos dez anos, incluídos os três e
meio do atual Prefeito, sobre as inscrições no DEMHAB, sobre os benefícios ...
Eu estou nessa! Querem uma comissão especial? Eu me inscrevo, estou inscrito!
Nós vamos ver essa história da transparência ou não-transparência.
Este
Governo, e aqui estou falando, hoje, como Líder da Oposição, mas não precisa ser
Líder da Oposição para ver que esta Cidade está parada, a Cidade está
transtornada. É lixo para tudo o que é canto, bairros nobres têm lixo como na
periferia; você pode ir aqui, ao bairro Santana, e você vai encontrar, numa
rua, quatro focos de lixo, você vai ver cabines abandonadas, você vai ver
esquinas com asfalto detonado, placas que sinalizam coisas que não existem,;
você manda dizer para a EPTC, e a EPTC nada faz, porque, afinal de contas, a
EPTC não existe, não existe efetivamente. A situação dos ônibus, por exemplo,
lotados e atrasados, atrasados e lotados, idosos desprezados. É assim que é a
EPTC, sem fiscalização de trânsito, a não ser para dar multa e, às vezes, de
duvidosa ação. Mas, quando tem um maluco que passa a cento e não sei quanto pela
rua, não tem “azulzinho”, não tem “azulzinho.”
Então,
nós precisamos é colocar os pingos nos is, Ver. Luiz Braz. Eu sempre coloquei
que podemos ter problemas nas administrações, equívocos, momentos em que
precisaríamos ter tido mais ousadia; eu sempre sou daqueles que têm a grandeza
de reconhecer. Mas o problema da atualidade é não reconhecer que a Cidade está
parando, que está regredindo, que há lentidão em absolutamente tudo.
Nós
queremos fazer esse verdadeiro debate. Se eu for para a Zona Norte, Zé Valdir,
vou encontrar, ao lado da Asa Branca, um condomínio cujas três ruas do entorno
não têm uma lâmpada funcionando - escuridão total e absoluta. Como se não
bastasse isso, nos tempos de dengue, tem um valão nos fundos com água
estagnada. Mas eu posso sair dali e ir à Zona Sul: deu problema, deu furacão,
ciclone extratropical, mas, um mês antes, eu fiz levantamento na Ponta Grossa,
apontei os locais, e nada foi feito. É claro, veio a chuvarada e inundou.
Inundou! Os acordos que se fazem com os órgãos públicos para cumprimento de
questões não são cumpridos. O Centro tem uma publicidade agora. Uma publicidade
sobre o Centro - convenhamos! O Centro está abandonado, há moradores de rua em
todos os lugares, é impossível ficar um minuto na esquina da Rua Marechal
Floriano com a Rua Riachuelo, porque o cheiro é insuportável, e todo o Centro é
assim.
E,
para concluir - já falei do Governo Municipal - eu queria saber sobre esse teto
de 22 mil reais, quando nós deveríamos ter tetos diferenciados, porque é um
absurdo que uma Governadora ganhe 8 mil reais, um Deputado 11 mil e um
funcionário ganhe 22 mil. Algo está errado no Rio Grande do Sul. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O
Ver. Haroldo de Souza está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. HAROLDO DE SOUZA: Sr.
Presidente, Vereadoras e Vereadores, diz-se que a oposição é o sangue da
democracia. Então, vou concordar com tudo o que se diz aqui neste microfone: a
cidade de Porto Alegre, na administração nova, depois da queda do império
petista, é inferior a do PT. Se a gente for hoje na Zona Norte, há problemas,
mas, na época do PT, poderíamos procurar em toda a Zona Norte, que não
encontraríamos um problema. Se eu for à Zona Sul hoje, eu vou encontrar um
problema, mas, na época do PT, não existia nenhum problema lá. Se formos à Zona
Leste ou à Oeste, também é assim. Então, a cidade de Porto Alegre, hoje, está
uma esculhambação só; mas quem sou eu para discordar? Mas como? Eu não sou
especialista na oposição, eu não sei ser oposicionista. Eu já não sabia quando
era oposição; agora, que estou na situação, é que não entendo nada. A impressão
que tenho aqui, é que, quando o PT estava administrando Porto Alegre, eu
chegava à Rua Marechal Floriano, no Centro, e ela era cheirosa. Quando o PT
estava administração, ninguém urinava nas ruas de Porto Alegre. Não, o que
isso? Mas como? O PT está no governo; eu não vou fazer isso! Não, ninguém vai
urinar no Centro de Porto Alegre, não, em lugar algum! Mas como? É o PT que
está lá! Mas que engraçado! Mas que coisa interessante as atuações das
oposições! Então, fica difícil. Como é que vou chegar aqui e falar sobre o
Conduto Álvaro Chaves, que resolveu um problema de Porto Alegre; não resolveu
todos, mas resolveu parte dele? Como vou chegar aqui e falar que o Secretário
João Bosco Vaz teve uma administração, na Secretaria de Esportes, que foi
exemplo para todos? É só o PT que sabe fazer; nós não sabemos fazer, e eu estou
concordando plenamente que a cidade de Porto Alegre, hoje, é inferior àquela do
PT. Por que vou perder o meu tempo e ficar falando, por exemplo, que aqueles
que batiam na CPMF estão votando na CPMF disfarçada, dizendo que 0,08 não é
nada, mas que vai servir para fiscalizar os grandes sonegadores? Quer dizer,
então, que é preciso criar para a Receita Federal um dispositivo de CPMF para
que ela possa fiscalizar os sonegadores? Que “brasilzinho” complicado, que
coisa terrível.
Aí,
quando a Dona alemoa (sic), lá na
Alemanha, diz que não é bem assim, que a floresta amazônica não é só dos brasileiros, que ela é do planeta,
do mundo, aí sai a Ministra, e vem o Ministro dizendo que é preciso colocar o
Exército Brasileiro na Amazônia. Mas isso eu falei aqui há uns três, quatro
anos! O que o Exército Nacional faz, apesar de sucateado? Vai ter ali algumas
coisinhas, alguns mosquetõezinhos para dar um tirinho e tal, um carrinho-tanque
e tal. Vai para a selva, coloca o Exército Nacional na selva, deixa um grupo lá
durante um mês; depois, vai lá com aqueles caminhões, retira aquele grupo e
coloca outro! E vamos defender a floresta, vamos aprovar esse rapaz que está
chegando para ser o novo Ministro do Meio Ambiente agindo dessa maneira! Eu
acho que poderia ser assim, porque, se nós, realmente, subirmos aqui e falarmos
do lado da oposição àqueles que estão no Governo lá, nós teríamos muita coisa
para fazer aqui, exatamente como a Bancada da oposição do PT age contra o
Governo do Rio Grande do Sul. É fácil subir aqui e buscar o que está errado no
Governo Federal, o que tem de errado, apesar de inúmeras coisas absolutamente
certas! Mas, por favor, passou esse negócio de dizer que o PT é isso, o PT é
aquilo; o PT chega no “pedaço”, resolve os problemas, e eu sou obrigado a ficar
ali ouvindo isso. Por favor! Não, não sou obrigado; eu gosto de ficar ouvindo
e, de vez em quando, gosto de responder. Eu queria propor o seguinte: para a
gente retirar as carroças de rua em oito anos, acho que demora muito. Mas se a
gente descobrisse um jeito de criar a “bolsa carroça”? A “bolsa carroça”! O Governo Federal
resolve tudo com bolsa, vamos buscar um jeito de resolver aqui: “bolsa carroça”, é a única solução!
Não é assim que o PT resolve seus problemas? Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): A
Verª Maristela Maffei está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A
SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr.
Presidente; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores; senhoras e senhores,
só quero fazer uma breve reflexão. Quando a gente nunca passou por uma
situação, não se deve tripudiá-la, em especial quanto às pessoas que morrem de
fome, morrem de frio, morrem de tristeza porque não têm expectativa.
Quero
dizer ao Ver. Haroldo, por quem eu tenho o maior respeito e carinho - Vereador,
quero dialogar com V. Exª -, que eu não discordo de tudo que o senhor disse,
apesar de não estar me dando atenção - Ver. Haroldo! -, porque eu sei que o
senhor é um homem de bom coração, mas, às vezes, acho que, no calor das
discussões, com todo o respeito, há um determinado exagero. Eu disse, Vereador
- o senhor não estava me ouvindo, - que eu acho que sim, que o Bolsa Família não é a saída; acho que
tem que haver outras saídas, até pela questão da dignidade. Agora, quem tem
fome e quem tem frio não consegue pensar e nem dar o outro passo. Então, nessa
parte, eu quero dizer que tenho o maior respeito, porque nós, aqui no Sul, a
grande maioria nunca passou fome, mas a grande parte do nosso País, sim. E não
é uma invenção do PT, mas da base de sustentação, inclusive do seu Partido, que
está no Governo Federal; ele também atua dessa forma. Então, eu só quero fazer
um parênteses, porque é muito triste, porque eu não falo da fome e do frio que
eu passei, e eu sei o que é isso, e não foi porque eu chegava em casa e não
tinha tempo para cozinhar, é porque eu não tinha o que comer. Então, eu sei
que, se eu tivesse o Bolsa Família,
talvez o meu raciocínio hoje fosse bem melhor, mas, graças a Deus, com o tempo,
a gente foi...
(Aparte
anti-regimental do Ver. Haroldo de Souza.)
A
SRA. MARISTELA MAFFEI: Não,
eu entendi, Vereador. Eu concordo com muitas coisas que o senhor colocou, não
se preocupe, inclusive em relação à Marina Silva. Mas há algumas coisas que nós
temos que calar muito fundo, e aí, quando a gente já sentiu, a gente tem que
ter muito respeito.
Mas
eu queria mesmo falar - e eu sei que a Verª Margarete Moraes também faz parte
da Frente Parlamentar da Criança e do Adolescente - que a Verª Maria Celeste
usou desta tribuna e referiu-se à questão da exploração sexual de meninos e
meninas, de crianças e de adolescentes - que ontem não foi comemorado, porque é
uma tragédia. É importante que se diga à sociedade, até pelo pouco tempo que
ainda tenho, que a questão da exploração sexual não é feita geralmente pela
estratificação de classe mais empobrecida, é feita por senhores de boa
presença, políticos, juízes, policiais - há bastantes policiais nessa área. O
que eu quero fazer aqui é o meu minuto de luto, porque é vergonhoso. E nós
ainda temos a Internet. Quando nós tivemos o debate, aqui na Câmara, com
colégios municipais, Ver. João Antonio Dib, o Colégio Municipal São Pedro, o
Colégio Sévigné e o Colégio ACM - e aqui esteve a Delegada Diana, que falou
para os adolescentes sobre a questão da exploração sexual no uso da Internet -,
nós ficamos bastante apavorados, Vereador, porque não se tem noção da
criminalização que acontece, porque, mesmo que tu coloques um nome
desconhecido, a idade trocada, há um monitoramento, que é correto, mas que a
sociedade não sabe, Ver. Zé Valdir. E hoje já está sendo aplicado o ECA,
inclusive, para as crianças e os adolescentes que estão criminalizados em
relação a isso.
Os colégios já estão solicitando a implementação da
proposta da Frente Parlamentar, a pedido dos adolescentes, que foram os que
mais interagiram. Foi um tapa de luva positivo, Ver. Zé Valdir, porque eles
solicitaram que fosse feito um encontro com os pais e com os alunos lá nos
colégios, um estímulo, por um lado, porque eles passam a ser formadores de
opinião, buscando uma saída conjunta, e não apenas ouvindo a opinião daqueles
detentores do direito e da cultura em relação a determinados temas, mas também
com eles interagindo. Considero isso fundamental.
Lamento
que a rede no nosso Município, infelizmente, seja uma rede fragmentada, salvo
alguns trabalhos que foram realizados - acho que a questão do esporte foi muito
importante. Mas, quanto à questão da exploração sexual, todo o mundo sabe onde
está, o local; mas não adianta apenas denunciar. Se não acontecer esta rede,
nós não teremos saída, Vereador, porque, infelizmente, há o tráfico de órgãos
humanos, que é a terceira “indústria” de maior rentabilidade no mundo - há a
bélica, a do narcotráfico e a do tráfico de órgãos humanos. E, dentro disso,
também, Vereador, entra a questão da exploração sexual e do seqüestro, e isso é
muito grave, porque é nas famílias de classificação A, B e C, em especial nas
mais empoderadas, que se encontra esse tipo de problema, em especial dentro das
famílias. Vamos parar de achar que o problema da sociedade é com as crianças -
meninos e meninas - empobrecidos, porque o grande câncer, o grande problema que
há na sociedade ainda está entre quatro paredes e, infelizmente, nas chamadas
“famílias bem constituídas.” Muito obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
O
SR. PROFESSOR GARCIA: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, Porto Alegre é uma
Cidade que tem problemas, sim, mas tem grandes virtudes e grande planejamento.
Só não aceito alguns comentários feitos aqui, em que parece que o Prefeito José
Fogaça foi o culpado do ciclone extratropical que ocorreu na nossa Cidade. Mas
quero, ao mesmo tempo, ressaltar o trabalho que a Defesa Civil realizou
conjuntamente com as diversas Secretarias, e também o espírito de solidariedade
do povo porto-alegrense e do povo gaúcho, que souberam acolher aquelas
comunidades mais carentes com diversos donativos, desde alimentos, roupas,
colchões, cobertores.
Ao
mesmo tempo, ouvi o Ver. Adeli falando e não descobri que cidade é essa da qual
ele falou. Ou o Ver. Adeli, que é um Vereador atuante, não tem andado mais na
cidade de Porto Alegre - talvez ele estivesse numa cidade fora de Porto Alegre
-; ou ele estava dormindo e imaginou que fosse Porto Alegre. Mas ele poderia
falar, por exemplo, que hoje nós vamos votar o Projeto do Centro Federal de
Educação Tecnológica - o CEFET -, que o Governo Municipal está doando, e nós
queremos ver, o quanto antes, o Governo Federal enviar as verbas para construir
essa obra na Restinga. Poderíamos falar do Conduto Forçado Álvaro Chaves, que,
com todo o ciclone extratropical, resistiu, e resistiu muito bem; poderíamos
falar do Projeto Socioambiental, que, sem sombra de dúvida, é o maior projeto
dos últimos cem anos na cidade de Porto Alegre, um projeto de mais de 450
milhões, que vai permitir que Porto Alegre, que hoje tem 27% de saneamento
básico, passe a ter 77%.
Imaginem
os senhores que, a partir daqui da Usina do Gasômetro, canos de 1,60m vão
percorrer toda a orla até a Ponta Grossa, fazendo com que o nosso esgoto, que
hoje é largado in natura no Guaíba, possa ser levado todo para essa área
da Ponta Grossa, e lá passar por um tratamento, através de uma Estação de
Tratamento, e ser devolvido ao rio. E é previsto que, até 2012, nós vamos ter
balneabilidade até a Pedra Redonda. Isso, poderíamos falar de Porto Alegre, mas
poderíamos também falar do Centro Popular de Compras, que teve, sim, os seus
problemas - num determinado momento, parou a obra por uma questão da SMAM e,
mais recentemente, pela Delegacia Regional do Trabalho, mas essa obra - depois
de mais de 50 anos de problemas com os camelôs - vai resolver os problemas. E
tudo isso não foi feito a fórceps; foi feito através do diálogo, da discussão,
numa cumplicidade entre os próprios camelôs e o Poder Público, tentando dar
dignidade a essas pessoas, para que elas, em vez de ser camelôs, tornem-se
pequenos empresários, microempresários. São 800 novos postos de trabalho que
vão estar ali. Por que não falar nisso, que vai mudar em muito a questão da
imagem do centro da Cidade? Poderíamos falar também da bilhetagem eletrônica,
para o que hoje foi dado um segundo passo. Num primeiro momento, mais de 120
mil pessoas acima de 60 anos foram cadastradas. Vou repetir o número, senhoras
e senhores: mais de 120 mil pessoas acima de 60 anos foram cadastradas. Mais de
40 mil estudantes, e hoje começou a segunda etapa, que é com os empresários, ou
seja, o empregador, os donos das empresas, que, ao invés de comprar “x”
vales-transportes, vão dizer quem são os seus funcionários, dando nome,
endereço, RG, e cada um desses funcionários vai ganhar um cartão eletrônico
onde vai constar se são 50 passagens, se são 100 passagens. Isso vai mudar, e
muito, a circulação de dinheiro e vai ajudar nessa questão de segurança. Essa é
uma situação nova também em Porto Alegre.
Então,
temos muitas coisas para falar de Porto Alegre; agora, há Vereadores que, não
sei, ou eles andam numa outra cidade, ou sonham em ver aquela Porto Alegre que
eles não entendem. Porto Alegre, sim, volto a dizer, é uma Cidade que tem os
seus problemas, mas é uma Cidade muito gostosa de se viver. Muito obrigado,
Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo):
Havendo quórum, passamos à
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo):
Apregôo a Emenda n° 02 ao PLCL n° 009/07, que altera o art. 50 da Lei
Complementar n° 170, de 31 de dezembro de 1987, e alterações posteriores, que
revoga a Lei Complementar n° 32 de 7/01/77, estabelece normas para instalações hidrossanitárias
e serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário prestados
pelo Departamento Municipal de Água e Esgotos, e dá outras providências,
reduzindo a cobrança de multa e juros de mora na falta de pagamento de contas.
Em votação o Requerimento, de autoria do Ver.
Professor Garcia, solicitando dispensa do envio da Emenda n° 02 ao PLCL n°
009/07 às Comissões da Casa. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Apregôo a Emenda n°01
ao PLCL n° 009/07, de autoria do Ver. Professor Garcia, que altera o art. 50 da
Lei Complementar n° 170, de 31 de dezembro de 1987, e alterações posteriores,
que revoga a Lei Complementar n° 32 de 07/01/77, com o seguinte teor: Art. 1° -
Fica alterado o artigo 1° do Projeto de Lei Complementar, que passa a ter a
seguinte redação: Art. 50 - A falta de pagamento das contas até a sua data do
seu vencimento acarretará a cobrança de multa de 2% (dois por cento),
independentemente de juros de mora de 1% (um por cento) ao mês, não elidida a
suspensão do abastecimento.
Em votação o Requerimento, de autoria do Ver.
Professor Garcia, solicitando dispensa do envio da Emenda n° 01 ao PLCL n°
009/07 às Comissões da Casa. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 5703/07 – VETO PARCIAL ao PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 200/07, de autoria do
Ver. Mario Fraga, que torna obrigatória a avaliação
de conhecimentos sobre a Lei Federal nº 8.069, de 13 de julho de 1990 -
Estatuto da Criança e do Adolescente - , e alterações posteriores, nos
concursos públicos para cargos de provimento efetivo na área da educação, no
âmbito do Executivo Municipal, e dá outras providências.
Parecer:
- da CCJ. Relator
Ver. Bernardino Vendruscolo: pela manutenção do Veto Parcial.
Observações:
- para aprovação, voto favorável da
maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 77, § 4º, da LOM;
- votação nominal nos termos do art. 174,
II, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia em 12-05-08.
Na apreciação do Veto, vota-se o Projeto:
SIM - aprova o Projeto, rejeita o Veto;
NÃO - rejeita o Projeto, aceita o Veto.
- Trigésimo dia: 15-05-08 (quinta-feira).
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo):
Em discussão o PLL n° 200/07, com Veto Parcial. (Pausa.) A Verª Sofia Cavedon está com
a palavra para discutir o PLL nº 200/07, com Veto Parcial.
A
SRA. SOFIA CAVEDON: Srs.
Vereadores, o Projeto ora em Pauta teve Veto Parcial, Ver. Professor Garcia, e
é importante uma fala do Governo nesse sentido, porque não me parece, a não ser
que seja um problema de quantidade de questões, que o conteúdo não tenha muito
mérito. O Ver. Mario Fraga propôs que o tema Estatuto da Criança e do
Adolescente, a Lei, fosse um dos conteúdos exigidos nas provas para concursos
municipais. E nós temos absoluta convicção de que a temática da criança e do
adolescente não é de responsabilidade de uma ou outra área, que todos os
agentes públicos devem se apropriar desse tema, dessa legislação e,
principalmente, da concepção que o Estatuto inaugura no País, ao respeitar e
determinar que todos são responsáveis pela garantia dos direitos das crianças e
dos adolescentes. Esses direitos passam pela integridade física, passam pela
educação, em todos os níveis de ensino, passam pela segurança, pelo saneamento,
pela saúde, pois hoje é um drama a desarticulação Educação/Saúde, melhor
dizendo, os temas que dificultam muito a aprendizagem - portanto, a garantia do
direito à educação; são temas que, associados à proteção integral da criança,
devem estar observados por todos os agentes; portanto, os agentes da saúde, do
PSF, essencialmente, o agente que atende na escola, sim, o agente que atende
nos abrigos, na FASC, os próprios agentes de toda a ordem, que estão em contato
com a comunidade, mesmo, aparentemente, não sendo temas voltados à infância.
Poderiam trabalhar os agentes da SMIC. O que têm a ver com isso? Têm a ver
quando tratam da economia solidária, quando vão tratar com uma situação com a
presença de criança, de adolescente; ao tratarem com ambulantes, com camelôs,
etc.
Então,
eu não consigo entender, lendo aqui; não está muito claro. Na verdade, argumenta-se
a preferencialidade, ou, melhor dizendo, a competência do Governo ao dispor a
estrutura, mas me parece que este tema é um entendimento, há uma preocupação
global desta Casa em discutir Conselho Tutelar, em discutir os guardiões dos
direitos do Estatuto, que somos todos nós, adultos, em grande medida, ou medida
diferenciada, conforme a nossa atuação.
Então,
eu acho que este Veto não está muito claro, não está clara a sua sustentação, e
esta Casa deveria se debruçar com um pouco mais de atenção, vide a situação,
Verª Margarete, que a senhora trazia a esta tribuna como Liderança: uma matéria
do jornal Zero Hora sobre essas fazendas para desintoxicação, a gravidade do
tratamento dado, que viola, de uma maneira inaceitável, Ver. Sebenelo, os
direitos dos adolescentes e mesmo dos adultos que estão procurando naqueles
espaços liberarem-se da droga. Ou seja, nós, em todas as áreas, temos que estar
vigilantes, atuantes, e o Estatuto é um importante instrumental do qual toda a
sociedade tem que se apropriar, em minha opinião, especialmente agentes
públicos. E uma forma de difundir são os concursos públicos, que mesmo não
passando... Um concurso de professor, por exemplo, tem 25 mil inscritos. Ora,
25 mil novas pessoas se apropriarão de uma legislação que tem que se tornar
viva, que tem que se tornar, de fato, obrigação de toda a sociedade, para fazer
cumprir, e não se omitir: é o seu vizinho, são as crianças da rua, é a relação
no trabalho, com os adolescentes, com os estagiários. Então, é um tema que não
pode estar reservado a alguns agentes, a alguma área. Então, eu acho muito
positivo o Projeto de Lei e, em princípio, não acompanho o Veto do Prefeito.
(Não
revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Obrigado,
Verª Sofia Cavedon.
O
Ver. Professor Garcia está com a palavra para discutir o PLL nº 200/07, com
Veto Parcial.
O
SR. PROFESSOR GARCIA: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores; Verª Sofia Cavedon,
eu gostaria que V. Exª prestasse a atenção na minha fala, porque eu vou tentar
justificar o Veto do Prefeito. Primeiramente, quanto ao Projeto em si, ele é
altamente meritório, porque ele garante que, nos concursos, tenha que vir a
questão do Estatuto da Criança e do Adolescente.
Qual
foi a razão do Veto? E o Veto é parcial, senhoras e senhores; o Veto não é um
Veto total: o Veto é parcial. E por que o Veto Parcial? Vou ler, inclusive, o
que coloca o Sr. Prefeito, quando expõe a razão do Veto Parcial. Verª Sofia,
por gentileza. (Lê): “Trata-se de justa e merecida lembrança, sem dúvida,
porém, em que pese o mérito da matéria ora analisada, não é possível a
efetivação da medida propugnada no Parágrafo Único do art. 1º, que dispõe que o
limite mínimo de 10% do total de questões da prova teórica serão destinadas à
avaliação do conhecimento sobre a Lei Federal nº 8.069, de 13 de julho de 1990,
o Estatuto da Criança e do Adolescente”.
Ora,
o Ver. Mario Fraga, então, estava propondo o limite de, no mínimo, 10%, e foi
em cima disso o Veto. V. Exª sabe, já que foi Secretário, de que forma são montados,
hoje, os concursos públicos: são várias situações, cinco questões de uma área,
cinco de outra, cinco de outra. E sobre esse conteúdo todo, o Vereador está
dizendo que, neste somatório, teria que ser 10%. Então, o Prefeito coloca que
não é contra a medida, é só contra a questão do percentual. E é por isso que
ele coloca o Veto Parcial. Quer dizer, ele não tira o mérito da idéia inicial,
só que o Vereador, como legislador, está legislando sobre uma outra matéria, ou
seja, está estabelecendo, engessando os conteúdos, engessando as futuras
provas.
Vai
mais adiante o Prefeito. (Lê.): “As justificativas do presente Veto Parcial
fundamentam-se na reserva legal de competência privativa definida na Lei
Orgânica Municipal, especificamente nos incisos IV e VII, “b”, do art. 94, que
estabelecem como atribuições do Prefeito dispor sobre a estrutura, a
organização e funcionamento da Administração Municipal e promover a iniciativa
de projetos de lei que disponham sobre o regime jurídico, provimento de cargos,
estabilidade e aposentadoria dos serviços públicos.
“Ademais, o conteúdo para avaliação de
conhecimentos nos concursos públicos deve ser estipulado através do decreto a
ser editado pelo Prefeito, como estabelece a boa técnica legislativa.
“São estas, Sr. Presidente, as razões que me levam
a vetar parcialmente este Projeto de Lei nº 200/07, esperando o reexame
criterioso dessa Casa, com o acolhimento do Veto Parcial apresentado.
Atenciosas saudações, José Fogaça - Prefeito.”
Então, Ver. ª Sofia, eu gostaria que V. Exª
repensasse, porque, na realidade, na forma como está previsto aqui, se nós
aprovarmos e não aceitarmos o veto do Prefeito, cria um problema, porque -
imagine, V. Exª - são cinco questões de determinado conteúdo, cinco de outra
disciplina; 10% disso, praticamente inviabiliza a questão.
A Srª Sofia Cavedon: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Garcia, é bem procedente a
ponderação; creio que, inclusive, em alguns concursos, como para agentes de
educação social, educadores sociais, é muito mais do que 10% de questões
relativas ao Estatuto. Acho que é possível acompanharmos o Veto, permanece a
Lei prevendo que esse tema entre em todos os concursos, não estabelecemos o
mínimo. Está bem, acho que agora estão mais compreendidas as razões do Veto.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Agradeço a
gentileza de V. Exª do entendimento, e peço também o acolhimento dos demais
colegas Vereadores em relação ao Veto. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Muito
obrigado, Ver. Professor Garcia.
O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para
discutir o PLL nº 200/07, com Veto Parcial. (Pausa.) Desiste.
Em votação o PLL nº 200/07. (Pausa.) (Após a chamada nominal.) REJEITADO
o PLL nº 200/07, em sua parte vetada, por 27 votos NÃO, considerando-se
mantido o Veto Parcial a ele aposto.
(encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. Nº 138/07 – (Proc. nº 8090/07 – Ver. Sebastião Melo) – requer a constituição de Comissão Especial para aprofundamento das discussões sobre as ações que contribuam para o processo de viabilização do fornecimento de energia elétrica à população de forma regularizada. (Incluído em 02-04-08.)
REQ. Nº 037/08 – (Proc. Nº 2920/08 – Ver. Carlos Comassetto) – requer seja o período de Comunicações do dia 28 de agosto de 2008, destinado a assinalar o transcurso do 25º aniversário da Central Única dos Trabalhadores – CUT. (Incluído em 14-05-08.)
REQ. Nº 041/08 – (Proc. Nº 3079/08 – Ver. Professor Garcia) – requer a realização de Sessão Solene, no dia 30 de maio, às 15 horas, destinada a assinalar o transcurso do 100º aniversário do Colégio La Salle – Dores. (Incluído em 21-05-08.)
REQ. Nº 042/08 – (Proc. Nº 3081/08 – Mesa Diretora) – requer a realização de Sessão Solene, no dia 27 de maio, às 17 horas, destinada a assinalar o transcurso do 200º aniversário de criação do 1º Tribunal Militar (Justiça Militar da União).
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Em votação o seguinte bloco de
Requerimentos: Requerimento nº 138/07, de autoria do Ver. Sebastião Melo;
Requerimento nº 037/08, de autoria do Ver. Carlos Comassetto; Requerimento nº
042/08, de autoria da Mesa Diretora e Requerimento nº 041/08, de autoria do
Ver. Professor Garcia. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADOS.
Registramos
a presença do Sr. Amilton de Moura Figueiredo, Diretor de Ensino Médio e
Técnico da CEFET - Bento Gonçalves; do Sr. Luís Carlos Cavalheiro da Silva,
Diretor de Desenvolvimento Institucional, CEFET - Bento Gonçalves; Sr. Giovani
Silveira Petiz, Vice-Diretor-Geral do CEFET - Bento Gonçalves, e da Srª Maria
Guaneci Marques de Ávila, Coordenadora da Comissão Comunitária Pró-Escola
Técnica Federal de Porto Alegre na Restinga, aos quais desejamos uma boa estada
nesta Casa; sejam muito bem-vindos.
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. Nº 2130/08 - PROJETO DE LEI DO
EXECUTIVO Nº 019/08, que
autoriza o Executivo Municipal a doar ao Centro Federal de Educação Tecnológica
de Bento Gonçalves (CEFET-RS) área total de 78.086m2, situada
na Quadra F, do loteamento do Distrito Industrial da Restinga, para fins de
implementação de Escola Técnica Federal, e dá outras providências.
Parecer Conjunto:
- da CCJ, CEFOR,
CUTHAB, CECE e CEDECONDH. Relator-Geral: Ver. Carlos Comassetto: pela
aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável da
maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 82, § 1º, VIII, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia em 19-05-08.
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Em discussão o PLE nº 019/08. (Pausa.) O
Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para discutir o PLE nº 019/08.
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Sr.
Presidente dos trabalhos, Ver. Claudio Sebenelo; colegas Vereadores;
Vereadoras; Direção do CEFET - Bento Gonçalves, aqui presentes; lideranças da
comunidade, Srª Guaneci, Srª Madalena e outros da região, da Escola Gema Bellia, que se fazem
presentes aqui também, saúdo todos.
Hoje,
Sr. Presidente, na votação deste Projeto de autoria do Executivo Municipal, que
realiza a doação da área de 78 mil metros quadrados ao Centro Federal de
Educação Tecnológica de Bento Gonçalves, nós estaremos coroando mais uma etapa
da consolidação da construção da Escola Técnica Federal de Porto Alegre, na
Restinga. E é importante salientar aqui que esse foi um processo construído sob
o ponto de vista dos parâmetros das relações republicanas, um trabalho do
Executivo, um trabalho do Legislativo Municipal, numa relação com o Governo
Federal.
No
ano passado, o Governo Federal lançou um edital para construir 150 novas
escolas técnicas federais em todo o País, e os Municípios deveriam se
credenciar. A comunidade da Restinga se organizou e instalou um movimento, do
qual a Srª Guaneci foi uma das coordenadoras. E aqui na Câmara, quero citar os
Vereadores Margarete Moraes, Aldacir Oliboni, Guilherme Barbosa, Maria Luiza,
Professor Garcia, Carlos Todeschini, entre outros colegas Vereadores, que estiveram
presentes nesse colegiado.
Fomos
a Brasília, fizemos a discussão, fizemos a disputa, e Porto Alegre foi
credenciada como uma das cidades brasileiras a realizar essa unidade do Ensino
Técnico Médio Brasileiro. A contrapartida do Município, acordada naquele
momento, seria a doação da área para o Governo Federal, através do CEFET. E
esse processo da doação da área se concretiza hoje. A equipe do CEFET de Bento
Gonçalves, que está aqui, que é responsável pela execução do projeto, aguarda
somente a definição oficial por parte do Município para lançar o edital de
construção dos prédios.
E,
no próximo dia 14, estaremos realizando, na Restinga, um seminário para definir
quais os cursos que serão efetivados, quais os campos de atuação do Ensino
Profissional Técnico que estaremos desenvolvendo em Porto Alegre, na Restinga, na
região sul. Mas essa escola, Srª Madalena, que é da região leste da Cidade, que
também busca, lá no Gema Bellia.
Instalar um ensino de nível técnico com a possibilidade, neste momento, dessa escola
técnica, configura-se a possibilidade de abrir essa discussão para que também
aconteça em outras regiões da Cidade. Mas o importante é salientar que esse
processo aqui está sendo extremamente rico, rico no que diz respeito à
construção de um processo coletivo; rico no que diz respeito a uma política
federal que o Governo Lula, a partir de 2002, refez um Decreto Federal que
proibia a União de fazer novas escolas técnicas federais no Brasil. Com a
edição dessa nova legislação, o Estado Brasileiro assumiu para si a
responsabilidade, e, nos anos de 2005, 2006, 2007, foram construídas 64 novas
escolas técnicas federais. Agora, com essas mais 150 escolas, teremos, no País,
mais 212 escolas técnicas federais em funcionamento. Mais do que duplicou o
número de escolas, pois havia em torno de 160 escolas em todo País até o ano de
2002, Verª Maria Luiza. Portanto, temos de salientar isso, porque este é um
novo momento no Ensino Técnico Profissional, no Brasil.
E esta Câmara, com o conjunto de Vereadores, fez-se
presente, como o nosso Partido, e estamos aqui como construtores dessa
proposta. Votaremos favoravelmente, selando, hoje, uma parte do acordo
constituído entre o Governo Federal e o Municipal. Portanto, meus cumprimentos
à comunidade, às lideranças do CEFET Bento Gonçalves, que estão aqui prontos
para iniciar a construção da Escola Técnica Federal. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): O Ver. Carlos
Todeschini está com a palavra para discutir o PLE nº 019/08.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras e
Srs. Vereadores, quero saudar aqueles que nos visitam aqui.
Srs. Luis Carlos Cavalheiro da Silva, Diretor
Institucional; Amilton de Moura Figueiredo, Diretor do Ensino Médio e Técnico,
e Giovani Silveira Petiz, Vice-Diretor-Geral, nossa saudação a vocês que são da direção do CEFET
Bento Gonçalves, e que vêm aqui amparar a implantação da Escola Técnica Federal
de Porto Alegre, com base no CEFET de Bento Gonçalves. E eu estava, há poucos
instantes, conversando com os diretores da Escola, relembrando algumas coisas,
porque a minha formação técnica - Técnico em Agropecuária que sou - se deu na
cidade de Veranópolis, no Colégio de Enologia, que, depois, gerou o CEFET, que
era o colégio-irmão técnico mais próximo, onde nós fazíamos visitas, inclusive.
Lembro-me de um dia de julho, um dia que estava nevando, quando fui visitar a
Escola de Enologia em Bento Gonçalves, que se originou em 1959, Ver. Aldacir
Oliboni, que vai completar 50 anos, mas que é a grande responsável pela
formação e qualificação da mão-de-obra que promoveu o desenvolvimento da
vitivinicultura, da enologia não só no Rio Grande do Sul, mas também no Brasil.
Tanto é que, a partir de Bento Gonçalves, foram descobertos os microclimas, os
ambientes, os solos, as condições para o desenvolvimento da vitivinicultura, lá
no Vale do São Francisco, e que hoje se tornou um próspero lugar do Brasil,
onde esse investimento em tecnologia gerou emprego, renda, riqueza,
desenvolvimento, lá em Petrolina, no Vale do São Francisco. É uma região que se
tornou uma das mais prósperas, das mais atraentes, das mais importantes do
País, mas que saiu lá de Bento Gonçalves e se deslocou para lá. Informava-me,
inclusive, agora o Professor - Ver. Guilherme Barbosa, V. Exª que é de lá
vizinho - que também foi fundado um centro de tecnologia nas mesmas diretrizes
do CEFET de Bento Gonçalves, para qualificar a produção desse importante
produto para a economia, para os hábitos, que não são só do Rio Grande do Sul,
nem do Brasil, mas mundiais. O consumo de vinho saudável é um integrante
importantíssimo, fundamental, de toda a cultura da humanidade. Então, estamos
aqui saudando a visita dos nossos ilustres diretores, também porque eles
auxiliam na parceria da vinda dessa Escola Técnica a Porto Alegre. É bom que se
diga que o Brasil vive um momento sem precedentes em termos de avanço, de
construção do futuro, de desenvolvimento tecnológico. E o Presidente Lula é um
dos presidentes que tiveram a maior sensibilidade, porque está fundando mais de
uma centena de escolas técnicas, e isso num País que tem a natureza que nós
temos, a água, o solo, as condições naturais e ambientais invejáveis, se
comparados a outros países. O que nós mais precisamos, neste momento, para
acompanhar, inclusive, o bom momento pelo qual passa a nossa economia, é a
formação profissional, o desenvolvimento educacional e, em especial, a
implantação de muitas escolas.
Felizmente,
Ver. Adeli, o nosso Presidente - o Presidente Lula -, que tem de ser o primeiro
e o grande saudado neste momento, teve essa visão. Dobramos, porque nós
integramos a base assumida do Governo Lula, para o bem ou para o mal, porque
acreditamos que o que o Lula faz é infinitamente superior àquilo que, às vezes,
a imprensa força para parecer como elemento negativo. E temos, sim, a convicção
e a certeza de que este País caminha para um futuro que será de destaque, um
futuro que o colocará numa situação invejável, numa economia globalizada.
Sem
dúvida, a questão da Educação é um elemento decisivo para que tenhamos geração
de renda, riqueza, desenvolvimento e oportunidade a todos os brasileiros. O que
poderá libertar as pessoas é o trabalho, e um trabalho digno que possa oferecer
condições melhores de vida para todos os trabalhadores, para todo o nosso povo.
Obrigado a todos.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): O
Ver. Aldacir Oliboni está com a palavra para discutir o PLE nº 019/08.
O
SR. ALDACIR OLIBONI: Senhor
Presidente, Ver. Claudio Sebenelo; Srs. Vereadores, Sras Vereadores;
público que nos acompanha pelo Canal 16, quero saudar aqui os diretores do
Centro Federal de Educação Tecnológica de Bento Gonçalves - CEFET-RS -, e ainda
saudar e parabenizar, publicamente, a iniciativa de alguns que foram os
protagonistas dessa grande idéia, mais precisamente a Comissão de Moradores do
Bairro da Restinga, que traz aqui, inclusive, a nossa grande companheira
Guaneci. Nunca me esqueço de que essa discussão surgiu com um dos grandes
porto-alegrenses, amigo, companheiro, que hoje trabalha no Ministério da
Educação, Eliezer Pacheco, que percebeu a sensibilidade e a importância de uma
escola em Porto Alegre, mais precisamente em um bairro onde há uma enorme
evasão escolar e um grande percentual de desemprego.
Se
nós observarmos a necessidade das empresas que hoje buscam o mínimo de
experiência, aí está a possibilidade de dizer que o Governo Lula está
acertando, como nunca, em oportunizar àqueles que não têm condições de chegar a
uma escola de nível superior uma escola de nível médio, ao menos, que possa
lhes dar capacitação para competir no mercado.
Há
pouco tempo, se dizia que quem iria, na verdade, fazer esse gerenciamento era a
Escola Federal de Santa Maria, mas, agora, recentemente, fechou-se acordo com a
CEFET de Bento Gonçalves, o que traz mais de 30 opções de cursos técnicos,
inúmeros na área da Saúde, na área da Informática e assim por diante. Como o
Ver. Comassetto falou aqui, agora, em junho, haverá o primeiro seminário para
discutir e perceber o termômetro daquela região, daquela cidade, para saber
quais os cursos que serão feitos inicialmente.
Esta
Comissão, quando instituída - e volto a frisar, na Câmara Federal, com o apoio
da companheira Maria do Rosário -, firmada, inclusive, em várias reuniões com o
Prefeito Municipal de Porto Alegre, verificou várias áreas, através da
Secretaria de Governança. Até então, era prioridade a região da antiga
Restinga, mas não foi possível contemplá-la, porque a área existente era
inferior à necessitada. Aí, então, surgiu essa área, que foi cedida, uma área
ligada à esfera federal, mais especificamente a área que se diz Distrito
Industrial da Restinga.
Por
essa razão, eu acredito que o futuro dessa escola técnica não são apenas os
cursos de nível médio, mas, pela área, pela demanda, pela necessidade,
pela importância que tem essa escola, tenho certeza absoluta de que, no futuro,
estaremos aqui permitindo e até solicitando que esse local signifique uma
possibilidade concreta para que os cursos de nível superior possam se
implementar nessa área.
Como eu tenho participado, assim como o Ver.
Comassetto, o Ver. Guilherme, a Verª Margarete, o Ver. Todeschini e vários
Vereadores, nós percebemos que lá, nessas reuniões com o Governo, é possível
dizer, sim, que, quando há vontade política, as coisas acontecem. E as coisas
acontecem, porque se percebe que, com dinheiro federal, não tem como dizer que
os Municípios não fazem as coisas. Por isso, sim, houve também a vontade
política do Governo Municipal, Ver. Garcia, para que essas coisas acontecessem.
Creio que este momento é um momento histórico para a cidade de Porto Alegre,
histórico para aquela Comissão que discutiu com apenas dez pessoas e que, com o
tempo, se ampliou muito mais para toda a região, e que agora passa a ter a
maior importância, quando se discutem com a comunidade os primeiros cursos que
serão administrados.
Queira, Deus, que, no ano
que vem, nós, de fato, possamos ter essa vontade política concretizada através
da parte burocrática recentemente implementada, mas que o Executivo Municipal
de Porto Alegre possa implementar a necessidade de resolver essa burocracia da
planta, e que nós possamos, de fato, em 2009, começar a ministrar os primeiros
cursos técnicos da Escola Técnica Federal em Porto Alegre.
E, por esta razão, quem
vai fazer uma grande comemoração é a cidade de Porto Alegre, que agradece essa
parceria que está acima dos Partidos políticos. Parabéns a Porto Alegre;
parabéns ao Governo Lula, que, mais uma vez, dá uma demonstração de que a
Educação é prioridade para o País. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Obrigado, Ver.
Aldacir Oliboni.
A Verª Maristela Maffei está com a palavra para
discutir o PLE nº 019/08.
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr.
Presidente; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras;
senhoras e senhores; comunidade aqui presente, primeiro queremos nos somar ao
que já foi dito aqui em relação à importância do momento. Talvez os senhores
não saibam, mas, quando o Ceitec veio para
a nossa Região, foi por dois motivos: um é porque não tinha tráfego aéreo, e o
outro pelo problema da trepidação. E uma política não está desconectada da
outra. Na questão da escola técnica, sabemos que a mão-de-obra não é para a
escola técnica do Ceitec, até porque se trata de sala limpa. Mas nós também
sabemos que várias outras subsidiárias, várias outras indústrias virão, e
estamos lançando, agora, neste mês, um movimento chamado Lomba do Silício, em
alusão ao mineral mais importante no sentido de industrialização.
Por
que eu estou trazendo também esses elementos? Porque nós vamos ter um campo
conectado entre o Pólo da Restinga e a Lomba do Pinheiro, e nós achamos, sim,
que é muito pouco ainda, apesar da importância, por ser a primeira, e ser uma
grande conquista e uma luta dessa comunidade! E vários atores políticos se
somaram a isso.
Nos
dia 16 de junho, nós teremos uma audiência pública na Lomba do Pinheiro, quando
estará presente o Eliezer; e, do Governo Federal, o Ministério da Ciência e
Tecnologia; da parte do Governo Estadual, o Secretário Busatto, que já confirmou
presença, bem como o Secretário de Ciência e Tecnologia do Estado do Rio Grande
do Sul; o Sr. Prefeito Municipal de Porto Alegre já está acenando para se fazer
presente. A audiência pública será dirigida por esta Casa, pelo nosso
Presidente Ver. Sebastião Melo, pela relevância do tema.
Nós
estamos encaminhando, Vereador, junto à Universidade Federal, uma Emenda, para
delimitarmos, na Revisão do Plano Diretor, o Parque Tecnológico e também o
Parque da própria Universidade Federal, que é daquela região, bem como na Lomba
do Pinheiro. E achamos que essa primeira escola, que é da Restinga, até pela
sua população... Essa nossa grande e querida líder, Guaneci, estava agora me
dizendo que lá nós temos três escolas estaduais, e nós ficamos felizes porque sabemos
o quanto é importante. E nós temos uma escola estadual na Lomba do Pinheiro,
mal e porcamente instalada - desculpa a expressão. Então, nós temos que somar
esforços pela demanda que nós temos ali.
Pelo
IBGE, o nosso número populacional fecha em 20 mil mais que a Restinga; então,
imaginem esse pólo da Restinga com a Lomba do Pinheiro, o que significa; um
pessoal oriundo do Interior, aproximadamente 90% da nossa população - através
de pesquisa junto à Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, que
nos ajudou a elaborar -, a importância que isso tem! Então, nós estamos nos
articulando, queremos a presença dessa comunidade conosco nesse dia, porque
nós, apesar da situação geográfica, da proximidade, consideramos muito pouco
ainda pela demanda que Porto Alegre vai significar frente ao empreendedorismo
da questão da ciência e da tecnologia. Não é pouca coisa, porque uma indústria
pode estar na China, pode estar em qualquer lugar, mas nós queremos aqui. E não
é uma questão de bairrismo, é uma questão de ponta. Como é que as questões se
deram aqui para nós conquistarmos o Ceitec pela sua relevância? Nós vamos ter
domínio público, vamos ter domínio de conceito, de desenvolvimento, de
tecnologia de ponta. Nós não vamos mais trazer isso, nós somos formuladores.
Toda a nossa mão-de-obra, paga pela Universidade Federal, está fora, está sendo
repatriada, está lá, na PUC, e também na Universidade Federal. O Ensino Médio
tem um papel fundamental. O próprio chip bovino, que está sendo agora
desenvolvido, a cápsula, que é toda de plástico, pode ser desenvolvida já pelas
escolas técnicas que nós temos no Rio Grande do Sul, mesmo não sendo ainda
federal. Imagina o que vai significar essa Escola na Restinga, e as outras
pelas quais nós estamos brigando, Ver. Claudio Sebenelo, Ver. Professor Garcia.
Isso vai trazer um pólo de desenvolvimento, ao inverso do que acontecia no
nosso País, até a Índia poderia nos trazer o chip, e hoje nós já temos o
primeiro chip na nossa Capital. Portanto, senhoras e senhores, quero dizer
que foi uma grande conquista.
Não
pensem as senhoras e os senhores que estão nos escutando que, só porque o
CEITEC tem uma mão-de-obra de altíssima capacitação, é menor essa questão da
escola técnica, mas porque ela tem tudo a ver com o conjunto das políticas
futuras, com as subsidiárias que vão vir para Porto Alegre, para o Estado do
Rio Grande do Sul; as indústrias de ponta que nós vamos ter.
Então,
senhoras e senhores, nós nos sentimos muito emocionados com este Projeto. Sei
que o Ver. Carlos Comassetto também foi protagonista, como a Bancada do PT,
como toda a Bancada gaúcha; também o Deputado Federal Beto Albuquerque teve um
papel fundamental nas discussões. Há outra escola, que foi para Passo Fundo;
uma está aqui. Então, eu acho que todos nós estamos de parabéns, e a nossa luta
recém começou. Parabéns à comunidade e parabéns para todos nós. Muito obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Muito
obrigado, Verª Maristela Maffei. O Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra
para discutir o PLE nº 019/08.
O
SR. GUILHERME BARBOSA: Sr.
Presidente, Ver. Claudio Sebenelo; colegas Vereadores e Vereadoras; demais
pessoas que nos acompanham; lideranças da Restinga; dirigentes e professores do
CEFET de Bento Gonçalves, eu disse, em outra ocasião, sobre esse assunto, que
esse é um dos momentos em que um Parlamentar Municipal como nós se sente muito
feliz em estar aqui na Câmara e poder votar este Projeto, quando ele se
enquadra - já foi destacado aqui, mas quero sublinhar pela importância que tem
- em um Projeto do Governo Federal para o País inteiro, que, em oito anos,
praticamente, dobrou o número de escolas federais a partir de 2002. E o
Presidente, como sabemos, que não tem curso superior e percebe a importância
disso, mas tem um curso de técnico - torneiro mecânico - feito no Senac, como
ele diz e gosta de destacar muito, e percebe, na sua vida, a importância que
tem um curso como esse. E, a partir daí, estabelece um Projeto, um programa
para dobrar, em oito anos, aquilo que, em 400 e tantos anos de Brasil, se
construiu.
Esse
Projeto, agora, é de 150 novas escolas, 11 no Rio Grande do Sul, uma em Porto
Alegre - a única Capital que não tinha um CEFET como este -; portanto, estamos
num momento muito positivo. E a contrapartida da Prefeitura, uma das
contrapartidas possíveis, talvez a principal, se dá exatamente com o
oferecimento da área. Essa é uma etapa que vamos vencer agora.
A
discussão que se dá, neste momento, não menos importante, talvez, depois da
definição de construir a escola, local e assim por diante, é a de quais cursos
que o CEFET de Porto Alegre, que vai ficar na Restinga, vai oferecer, porque
nós não podemos chegar ao ponto de ter um estabelecimento tão importante quanto
este, oferecer alguns cursos para, depois, a nossa juventude que tiver esses
currículos não ter onde trabalhar. Mas essa é uma discussão, um estudo que não
é fácil de se fazer. Tem que haver um levantamento da economia, um levantamento
das carências da região, a perspectiva de crescimento das várias especialidades
profissionais, e assim por diante. Não é um assunto fácil; portanto, tem que
ser feito com muito cuidado.
Repito:
este Vereador, que teve a oportunidade de ser, recentemente, o Secretário de
Obras da Cidade, que trabalhou na 3ª Perimetral, que restaurou o Paço
Municipal, que construiu muitas pavimentações por aí afora, sempre dizia que a
obra que me dava mais prazer de construir - junto com o pessoal da SMOV, por
óbvio - e entregar com os nossos Prefeitos era exatamente uma escola. Não há
outro estabelecimento mais importante que o Poder Público possa construir que
não seja uma escola; logo em seguida, um posto de saúde, e moradias também são
importantes, mas, como Poder Público, acho que importante é pensar no futuro, é
construir o futuro da sua comunidade, da sua sociedade. Portanto, repito o que
disse no início: é um momento muito feliz quando Porto Alegre pode se integrar
a esse grande projeto do Governo Federal. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Muito
obrigado, Ver. Guilherme Barbosa.
O
Ver. Ervino Besson está com a palavra para discutir o PLE n° 019/08.
O
SR. ERVINO BESSON: Meu
caro Presidente Ver. Sebenelo; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, em
respeito à nossa querida, extraordinária comunidade da Restinga, falarei dois
minutos, a pedido dos colegas Vereadores. Acho que é uma vitória para a
Restinga. Eu, que moro na Zona Sul de Porto Alegre, tenho acompanhado muito a
luta desse povo da Restinga. Acho que é mais uma vitória, sem dúvida nenhuma,
com muito merecimento. Há o Distrito Industrial da Restinga, que hoje é uma
realidade, que é vizinho da escola técnica que vai ser construída na Restinga.
Portanto, quero me abraçar com o povo da Restinga, me congratular com o povo da
Restinga. Acho que é um ganho; a escola profissionalizante é o que está
faltando neste País; é uma parceria, porque Governo nenhum consegue fazer
sozinho. Ele tem que ter parceria, como tem parceria com a Prefeitura de Porto
Alegre, com a comunidade. É assim que se conseguem as coisas. Infeliz daquele
Governo que, quando assume o cargo, pensa que vai construir, vai resolver o
problema sozinho. Ele está completamente enganado. É uma vitória para a Cidade,
é uma vitória para o nosso Rio Grande. Parabéns, povo da Restinga, vocês
merecem! Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo):
Muito obrigado, Vereador.
O
Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir o PLE nº 019/08. (Pausa.)
Ausente. O Ver. Luiz Braz está com a palavra para discutir o PLE nº 019/08.
(Pausa.) Ausente.
Em votação o PLL nº 019/08. (Pausa.) O Ver. Professor Garcia está com a
palavra para encaminhar a votação do PLE nº 019/08.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Sr. Presidente; Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras; público que nos assiste, quero saudar todos e fazer uma saudação ao
Diretor Amilton Figueiredo, ao Giovani Petiz, Vice-Diretor, e ao Luiz Carlos
Cavalheiro da Silva, Diretor de Desenvolvimento Institucional. Queremos também
registrar a presença da Rosângela, da SMED, que veio acompanhar. Ao mesmo
tempo, já vou sair daqui hoje criando um grupo de trabalho para agilização.
Ouvi atentamente as
diversas falas, mas queremos registrar que, primeiro, houve a vontade e a
intenção de uma região. É mais do que justo que aquela comunidade da Restinga,
uma comunidade tão organizada, que carece, seja contemplada, e Porto Alegre, o
Rio Grande do Sul vai ter essa primazia de ganhar mais uma escola técnica
federal.
Eu
estava falando com o Professor Giovani, e ele me disse - inclusive eu não
sabia, quero aqui colocar de público - que, junto com o Centro, vem a
possibilidade real e concreta também do Ensino Superior. Então, quer dizer,
isso é algo muito importante. Além da questão tecnológica, de ver o que aquela
comunidade realmente necessita, vislumbra-se a possibilidade, então, de outra
formação, porque hoje é o Ensino Médio, mas mede também a questão do Ensino
Superior. Eu acho que o Prefeito foi rápido nessa dinâmica, e o Projeto entrou
e saiu, porque também mudou a questão da tutela, que era, inicialmente, com a
Federal de Pelotas, passando para o Centro de Bento Gonçalves. Tenho certeza da
competência de ambas as escolas técnicas federais aqui do
Rio Grande do Sul, que são escolas consagradas.
Diante
disso, ganha a população da Restinga. Tão logo seja aprovado o Projeto, tendo o
projeto arquitetônico, já foi me dito que já há a disponibilidade de verba, o
que nós queremos é o início imediato dessas obras. Então, talvez, no final de
2009 ou na metade de 2009, já teremos o início de algum dos módulos dessa
escola. Volto a dizer: quem ganha com isso é o Município, o Estado e a União.
Ver.
Aldacir Oliboni, quando V. Exª disse que não tinha Partido, mas fez questão de
saudar o Presidente Lula, acho que é importante, sim. Acho que as pessoas que
batalham devem merecer os créditos. O Presidente Lula deve merecer os créditos,
e eu venho dar aqui, além de para o Presidente Lula, os créditos para o
Prefeito José Fogaça. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Em
votação o PLE n° 019/08. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
Em votação o
Requerimento, de autoria do
Ver. Almerindo Filho, solicitando o adiamento da discussão, por uma Sessão, do PLL
nº 092/06. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) APROVADO.
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Sr.
Presidente, trago uma mensagem aqui da direção do Centro Federal de Educação
Técnica, CEFET, que está aqui, e gostaria de cumprimentar o Presidente e todos
os Vereadores pela votação que acabamos de realizar.
O
SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Perfeito,
mande-os passar aqui para tirarmos uma foto comemorativa da aprovação.
Estão
suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se
os trabalhos às 17h15min.)
O
SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo - 17h17min): Estão reabertos os trabalhos.
O
SR. CARLOS TODESCHINI (Requerimento): Requeiro
a verificação de quórum, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Por
gentileza, solicito a abertura do painel eletrônico, para verificação de
quórum. (Pausa.)
Há
quórum.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 3909/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 168/06, de autoria do
Ver. Aldacir Oliboni, que institui
o Programa Acolhimento na rede de atendimento à saúde do Sistema Único de
Saúde, em Porto Alegre, nos
termos do Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar e da 11ª
Conferência Nacional de Saúde.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Paulo Odone: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CEFOR. Relator
Ver. João Antonio Dib: pela rejeição do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Elói
Guimarães: pela rejeição do Projeto;
- da CEDECONDH. Relator Ver.
Carlos Comassetto: pela aprovação do Projeto;
- da COSMAM. Relator Ver. Dr.
Raul: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 23-04-08.
O
SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Em
discussão o PLL nº 168/06, de autoria do Ver. Aldacir Oliboni.
O
Ver. Aldacir Oliboni está com a palavra para discutir o PLL nº 168/06.
O
SR. ALDACIR OLIBONI: Sr.
Presidente, Ver. Claudio Sebenelo; Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores, público que nos acompanha pelo Canal 16, ora, este Projeto, eu
diria, é de extrema importância para a cidade de Porto Alegre, mais
precisamente para a área da Saúde. Ele institui o Programa Acolhimento em todos
os serviços de Saúde, urgência e emergência na cidade de Porto Alegre.
Se
nós observarmos, Ver. Ismael, a Unidade de Saúde da Vila Bom Jesus, assim que o
cidadão chega, ele recebe uma ficha de acordo... Eu pediria que a TV Câmara
mostrasse aqui, por gentileza, o cartaz. (Mostra o cartaz). Assim que o
paciente chega à emergência, de acordo com a gravidade do problema, ele recebe
a ficha, imediatamente, da cor correspondente. Se, por exemplo, o paciente foi
acidentado, ele, imediatamente, é reconhecido pela ficha vermelha e é atendido
imediatamente. Se o paciente tiver uma urgência que não corre risco de morte,
no caso específico do Sistema Acolhimento, ele recebe uma ficha amarela e
aguarda uns minutos para o acolhimento, assim, sucessivamente com a cor verde,
ou com a cor azul.
O
Sistema Acolhimento é sugerido e indicado pelo Ministério da Saúde em toda a
rede de urgência e emergência de todo o País. Aqui em Porto Alegre, nós o
encontramos em apenas quatro Unidades de Saúde. Mas nós percebemos que é
necessário, sim, implementá-lo em toda a rede conveniada; eu diria, mais
precisamente, nos hospitais conveniados, porque quem de nós ou qual cidadão que
não vai a uma emergência e às vezes fica três, quatro horas esperando. Se nessa
emergência for constatada a urgência dessa patologia... Ele, imediatamente, ao
chegar ao hospital, passará por uma triagem, poderá verificar, por exemplo,
qual é o grau da pressão e a urgência ou não do atendimento necessário em
relação àquela patologia apresentada. Portanto, o Sistema Acolhimento não é
discutido apenas hoje, Ver. Goulart, o Sistema Acolhimento é necessário e é
fundamental para que a rede pública da Saúde, Maria Luiza, possa, então,
estabelecer critérios que estarão salvando muitas vidas. Nós percebemos que as
Unidades de Saúde não estão preparadas para tal, e, ao chegar à Unidade da
Saúde, o paciente simplesmente faz a ficha com o secretário que está ali
atendendo e não tem um contato direto com o serviço de enfermagem, e nem com o
setor médico. Por essa razão, ele tem uma enorme dificuldade de poder perceber a
urgência ou não daquela patologia. Por essa razão, estamos pedindo que o Poder
Público de Porto Alegre possa fazer um amplo estudo e uma ampla verificação da
possibilidade concreta de estender esse Sistema para além das quatro Unidades
de Saúde já o possuem, ou seja, que ele seja estendido a toda a rede e, mais
precisamente, aos hospitais conveniados.
Se observarmos o Hospital da PUC, o Hospital de
Cardiologia, o Hospital Ernesto Dorneles, o Hospital da Ulbra, o Hospital
Divina Providência, o Hospital Mãe de Deus, alguns hospitais que atendem
particular já possuem o Programa Acolhimento implementado; mas, na grande
maioria, os que atendem pelo SUS ainda não têm o Programa Acolhimento
implementado. Por essa razão, Ver. Dr. Raul, achamos que, com relação a este
Projeto, é de extrema importância que a Câmara de Vereadores dê o sinal
positivo para que isso aconteça na cidade de Porto Alegre. Vamos perceber a
diferença do atendimento ao cidadão quando ele chega a uma emergência para ser
atendido. Ele terá, sim, a resolutividade que sempre aqui solicitamos, de uma
forma mais direta e urgente, de acordo com a gravidade da patologia. Por isso
pedimos que a Câmara de Vereadores dê o sinal positivo na aprovação deste
Projeto. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PROFESSOR GARCIA (Requerimento): Sr.
Presidente, solicito verificação de quórum.
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Perfeitamente.
Solicito a abertura do painel eletrônico, para verificação de quórum...
O SR. PROFESSOR GARCIA: Acho que
visivelmente, Vereador, visivelmente...
O SR. PRESIDENTE (Cláudio Sebenelo): Não, o pedido
de verificação, evidentemente, tem que ser... (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) Não há quórum.
O SR. NILO SANTOS (Requerimento): Ver. Claudio
Sebenelo, eu gostaria que fosse feita a leitura do nome dos Vereadores
presentes nesta tarde. Obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Perfeito. Ver. José Ismael Heinen, Ver. Dr. Raul, Ver.
João Antonio Dib, Ver. João Carlos Nedel, este Vereador, Ver. Aldacir Oliboni,
Ver. Alceu Brasinha, Verª Maria Luiza e Ver. Nilo Santos. Esses são os
Vereadores que deram presença na última verificação de quórum, às 17h27min,
desta segunda-feira.
Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 17h28min.)
* * * * *